Advogada tentou burlar Justiça do Amazonas por seis vezes, diz site
A advogada Lorena da Silva Santos, OAB 16718/AM, está sob suspeita de tentar burlar por seis vezes o sistema eletrônico de controle de processos da Justiça do Amazonas. As informações são do BNC.
Nos bastidores do Judiciário, a prática é conhecida como “teimosinha”. Éuma alusão à modalidade de apostas que permite ao apostador usar o mesmo jogo durante dois, quatro ou oito sorteios consecutivos.
Mas, o caso de Lorena Santos não seria o único. Há indícios de que a prática esteja se proliferando no Amazonas.
A suspeita contra ela consta de uma sentença que envolve Francisco Sullivan Vieira Lima, como requerente, e o banco Bradesco, requerido.
A decisão é assinada pela juíza Bárbara Folhadela Paulain, titular da 21a. Vara do Juizado Especial Cível, mas que responde pela 18.a Vara do Juizado Cível, onde o caso tramitou.
Mas, anexada a essa sentença, está uma relação de processos que mostram que a advogada pode ter adotado o mesmo modus operandis com outros clientes.
O caso foi publicado na noite desta terça-feira pelo site Fatos Marcantes, do jornalista Fábio Melo.
As tentativas de enganar a Justiça começam com uma ação de indenização por danos morais contra o Bradesco, no valor de R$ 5 mil.
O processo se encerra com decisão favorável a Sullivan e à advogada.
Contudo, esse fim, no entanto, seria apenas o começo da tentativa de burlar o sistema de automação judiciária do TJ-AM.
Manobra
Para isso, a advogada usou o mesmo caso e peticionou seis vezes.
Porém, para não serem barradas automaticamente, por se tratar de ações com mesmas causas e partes, a advogada, conforme a sentença da magistrada, alterava o nome e sobrenome do cliente.
Por isso, de acordo com a decisão, na sequência Francisco Sullivan Lima aparece escrito, por exemplo, como FraMSisco SsullivaM VieiHa LimE.
Depois, volta à forma original, na segunda tentativa de fraudar o sistema.
Na terceira vez, o nome passa a ser grafado assim: Francissco SullivaM Bieira LEma;
No quarto processo, retorna outra vez ao original.
Já na quinta ação, Francisco passa a ser Prancismo, Sullivan vira SuRivan, Vieira perde um “i” e é escrito com B novamente e o Lima passa a ser LEEmEM.
Por fim, na sexta tentativa de burlar a o sistema eletrônico, o nome do cliente da advogada voltou a ser escrito Francisco Sullivan Vieira Lima.
Leia a reportagem completa no BNC.