Agenor Tupinambá entrega capivara Filó ao Ibama
Depois de ser multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos (Ibama) em R$ 17 mil, o influencer e fazendeiro Agenor Tupinambá entregou a capivara Filó para a responsabilidade do Ibama, animal que proporcionou a Agenor ser conhecido nas redes sociais nos últimos meses.
Ontem (19/04), Filó transportada em um avião hidromotor de Autazes até o aeroclube de Manaus, onde agentes do Ibama aguardavam no local. Nas redes sociais, Agenor postou uma nota sobre o caso.
“Hoje, eu manifesto a minha maior prova de amor pela Filó. É importante registrar que eu nunca fui contra e jamais impediria que a minha amada Filomena um dia se integrasse com um bando de capivaras para seguir sua vida. Foi justamente para isso que eu a salvei, cuidei e guardei um sentimento enorme no meu peito por ela Eu também sei que aconteceram equívocos, e garanto que os erros que cometi foram inconscientes, sem má índole e nem qualquer tentativa de exploração. Absolutamente nenhum vídeo com ela me trouxe qualquer resultado financeiro. Era apenas eu com um celular na mão, registrando a minha própria vida ribeirinha”, escreveu Agenor nas redes sociais.
“E depois desses dias de muito diálogo, incluindo com o IBAMA, o apoio de amigos incansáveis e de pensar em todas as possibilidades, eu e minha família nos despedimos da Filó. Em conciliação, o IBAMA deu a possibilidade para que a Filó ficasse próxima de mim e encontrasse um bando de capivaras para integração. Porém, aqui sabemos da dificuldade de encontrar um bando e dos riscos que ela poderia correr. Essa decisão dolorosa é pelo bem dela, ainda que isso me custe não ver mais seus pulinhos pra nadar e sua carinha comendo capim. E de tantos lugares para a Filó estar, o seu verdadeiro habitat natural é o meu coração e de lá ninguém arranca. E hoje eu também me liberto de qualquer necessidade de provar meu amor pela Filó e por outros animais. Eles sabem! Eu me liberto de qualquer julgamento que vá contra os meus valores e ideais, eu sei o homem que eu quero me tornar”, completou.
O caso
Agenor foi multado pelo Ibama no dia 19 de abril por práticas relacionadas à exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais. As multas aplicadas totalizam R$ 17.030,00. Na época, o Ibama disse que o caso chegou ao conhecimento do Ibama, após a morte de um bicho-preguiça que o rapaz, morador da cidade de Autazes (Amazonas), criava em sua propriedade. No local, os agentes encontraram um papagaio e uma capivara. Agenor não tinha autorização legal para manter os animais em sua posse. “Agenor também recebeu duas notificações que determinam a retirada de conteúdo audiovisual alusivo à criação de animais silvestres em ambiente doméstico e a entrega do papagaio e da capivara ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, em Manaus”, disse o Ibama na época.