Técnicos e enfermeiros da Fuham participam de atualização em hanseníase e câncer de pele
Atividade visa aprimorar atendimento especializado à população na área de dermatologia
A Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), encerrou o ciclo de palestras de Atualização em Hanseníase e Câncer de Pele, na manhã desta sexta-feira (05/05). A atividade começou no dia anterior, no Auditório Damião Litaiff, na sede da Fundação. Participaram técnicos e enfermeiros da instituição, reunindo cerca de 40 profissionais.
O diretor-presidente da Fuham, Carlos Chirano, ressaltou a importância das atividades de educação e atualização e agradeceu a participação dos profissionais. “Temos muitos colegas novos, mas temos também muitos experientes; é importante a presença de todos; e nós estamos fazendo constantemente atualizações como essa, por quê? Porque somos referência, precisamos oferecer o melhor aos nossos pacientes, àqueles que nos procuram”, destaca Chirano.
Nos dois dias de atividades, foram proferidas palestras sobre a hanseníase e principais sintomas, diagnóstico de câncer de pele, prevenção de incapacidades físicas, incluindo o preenchimento de formulário específico e palpação de nervos; procedimento importante para avaliação de um paciente diagnosticado com hanseníase.
Para o gerente de ensino da Fuham, Valcimar da Silveira, é importante que os profissionais façam, constantemente, atualização de conhecimentos.
“Estamos aqui para aprimorar aquilo que já conhecemos, o nosso foco [para técnicos e enfermeiros] é o exame dermatológico; mas é preciso saber não apenas se o paciente tem ou não hanseníase, a gente precisa conhecer o que é a hanseníase e o que é a psoríase, a leishmaniose e outras doenças”, explica.
Segundo o gerente, o trabalho de triagem de pacientes é de grande importância, por isso atualizar conhecimento e exercitar o olhar acerca das dermatoses é essencial para bons resultados. “Vamos reforçar nosso trabalho de triagem, vamos focar nas doenças negligenciadas; o papel da triagem é muito importante, pois nós que vamos encaminhar os casos suspeitos, precisamos exercitar esse olhar”, explica.
Além do conteúdo técnico e específico, os participantes também puderam entender melhor como será a nova dinâmica de atividades de campo realizadas pela Fuham. “Vamos iniciar as ações no interior e todos precisam estar com as informações [sobre dermatoses] bem esclarecidas, todos seguindo o mesmo protocolo, para o diagnóstico correto”, explica o diretor presidente da Fuham.
Ações de campo
Como responsável pela execução das ações do Programa Estadual de Hanseníase, a Fuham realiza ações de combate e monitoramento da doença nos municípios do Estado.
Segundo a gerente de controle de doenças e epidemiologia da Fuham, Valderiza Pedrosa, este ano, a proposta é ir muito além da busca ativa de casos suspeitos de hanseníase, mas também dar maior atenção às doenças tropicais negligenciadas de pele. “Nossa estratégia agora continua com a hanseníase como foco, mas existem inúmeras outras doenças negligenciadas que precisamos atentar”, explica.
Segundo Valderiza, o trabalho será baseado em cenários, com uma análise minuciosa da situação de cada município, seus dados epidemiológicos, desempenho das ações de combate à hanseníase; tudo isso a partir da análise de dados de cada município nos últimos cinco anos. O objetivo é identificar as principais necessidades da localidade a ser visitada para que a equipe da Fuham estipule as metas de trabalho.
“Vamos em cima das maiores dificuldades do município, por exemplo, se identificamos que no local não se atingiu a meta de avaliação de contatos de pacientes [de hanseníase], vamos intensificar essa atividade; assim, cada município a ser visitado terá sua meta”, explica Valderiza.
Com informações da assessoria