Câncer de pulmão que acometia Rita Lee é o segundo mais mortal entre mulheres
A cantora e compositora Rita Lee, um dos nomes mais icônicos da história da música brasileira, morreu nesta segunda-feira (08/05). Rita vinha fazendo tratamento para conter um câncer de pulmão desde que foi diagnosticada com a doença, em 2021. A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) lamenta o ocorrido e alerta a população para a importância da prevenção e detecção precoce deste tipo de câncer, o segundo mais mortal entre as mulheres no Brasil.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pulmão é o terceiro mais comum em homens e o quarto em mulheres no Brasil – sem contar o câncer de pele não melanoma. Em mortalidade, é o primeiro entre os homens e o segundo entre as mulheres segundo estimativas mundiais. O órgão projeta que são esperados mais de 32 mil novos casos de câncer de pulmão no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025.
A SBP alerta ainda sobre a importância do médico patologista no diagnóstico do câncer, definindo se o tumor é benigno ou maligno, e qual seu estágio. O profissional é quem analisa a biópsia para realizar o diagnóstico preciso e indicar qual o tratamento mais eficaz. Segundo o INCA, a taxa de sobrevida para pacientes com câncer de pulmão é de apenas 18%. Entretanto, quando diagnosticados em estágio inicial, a taxa sobe para 56%.
“A maior medida de prevenção é não fumar”, diz o presidente da SBP, Dr. Clóvis Klock. “O tabagismo é causa de vários cânceres. Não só de pulmão.”
De acordo com a SBP, o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são os fatores de risco mais importantes. A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer.
Sobre a SBP
Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) tem o objetivo de promover a integração e educação continuada dos médicos especialistas da área, priorizando sempre a comunicação e o aprimoramento técnico-científico. Desde o início de suas atividades, a associação promove, a cada dois anos, o Congresso Brasileiro de Patologia, que em 2022 chega a sua 33ª edição. A SBP também produz o jornal “O Patologista”, um informativo com notícias sobre a especialidade, com periodicidade trimestral.