Sociedade

Garantido diz que firmou acordo com TRT para pagar ações trabalhistas

Mais de 24 horas depois do presidente do Boi Garantido, Antônio Andrade, ameaçar não colocar o bumbá na arena do bumbódromo em razão de problemas financeiros, a assessoria de imprensa do boi informou na tarde desta terça-feira (20/06) que o Garantido firmou acordo com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para quitar as dívidas de ações judiciais trabalhistas movidas por ex-trabalhadores da entidade folclórica.

Segundo o Garantido, são processos antigos deixados por administrações passadas. “Já nesse acordo, serão pagos R$ 1 milhão e 500 mil. Serão firmados acordos para quitação de mais de 300 processos trabalhistas que estão em face de execução há mais de dez anos”, diz o boi em nota divulgada na imprensa.

De acordo com o bumbá, o presidente Antônio Andrade diz que “tinha como premissa de sua gestão quitar as dívidas dos trabalhadores do boi que há tempo se delonga, trazendo de volta aos camisas encarnada a esperança de um festival próspero e promissor”.

“Agradecemos a todos os envolvidos, principalmente aos trabalhadores e seus advogados que confiaram no Boi para chegarmos todos em um denominador comum bom para ambas as partes”, comemorou o presidente.

De acordo com o diretor-jurídico do Garantido, Iuri Albuquerque Gonçalves, as execuções trabalhistas contra o Garantido serão pagas por meio de repasses de 30% da Coca Cola, uma das principais patrocinadoras dos bois de Parintins, e da venda de ingressos do Festival, a partir do próximo ano. Iuri ressaltou que o acordo feito pelo Garantido também se aplica ao boi contrário.

“O Garantido e o contrário firmaram esse acordo com todos os credores, perante o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região-TRT11. Agora as dívidas trabalhistas contra o Garantido que estão reunidas, ficarão congeladas, sem juros ou correções e serão pagas com repasses de 30% da bilheteria e do patrocínio da Coca Cola, a partir do próximo ano”, afirmou Iuri Gonçalves.

Para o diretor-administrativo do bumbá, Adson Silveira, o Garantido vai quitar parte da dívida trabalhista já a partir deste acordo, sendo disponibilizado R$ 1,5 milhão. Esses recursos financeiros, afirma Adson, é proveniente da empresa médica Samel e do Coronel Ozores, dinheiro esse que seria usado no leilão de parte da Cidade Garantido. O leilão não se concretizou e o imóvel do bumbá continua a fazer parte do patrimônio da agremiação folclórica.

“Nós temos essa vantagem. Já pagamos um milhão e meio (R$ 1,5 milhão) neste acordo. Esse é um acordo que beneficia dezenas de trabalhadores e reduz parte da dívida trabalhista”, ressaltou o diretor administrativo.

Crise

Ontem, o presidente Antônio Andrade emitiu ofício nesta segunda-feira (19/06) ao Governo do Amazonas, onde relata dificuldades financeiras que ameaçam diretamente a disputa da agremiação no Festival. Segundo o comunicado, caso o governo não auxilie o bumbá a resolver os problemas financeiros desta temporada, o boi não disputará na arena do bumbódromo.O

O Governo do Estado imediatamente rechaçou a possibilidade de o bumbá não disputar o Festival.

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