Vigilância regional de patógenos com potencial epidêmico e pandêmico é tema de encontro
A vigilância regional de patógenos (organismos) com potencial epidêmico e pandêmico é tema de encontro entre especialistas em Saúde do Amazonas, nacionais e internacionais que se reuniram, nesta quinta-feira (20/07), em Manaus, para fortalecer as ações de Vigilância em Saúde e estratégias para detecção oportuna, notificação, preparação e resposta em Saúde Pública.
A atividade é uma realização da Organização Pan-Americana de Saúde da Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS) e segue até sexta-feira (21/07). Entre as instituições participantes está a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM).
Também participam da iniciativa a Fundação Oswaldo Cruz – Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), Fiocruz Rio de Janeiro, Instituto Evandro Chagas (IEC), Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.
De acordo com a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, a reunião dos especialistas de saúde em Manaus contribui com a experiência do enfrentamento a doenças infecciosas emergentes enfrentadas no Amazonas. Segundo a diretora-presidente, a troca de experiências é inestimável no contexto do enfrentamento de patógenos no Amazonas.
“A contribuição desses especialistas nacionais e internacionais oferece benefícios cruciais, como a capacidade local de resposta e a proteção da população do estado. Além disso, é a oportunidade de avaliarmos as capacidades existentes de vigilância, detecção oportuna e pesquisa, bem como delinear etapas coordenadas e colaborativas usando a abordagem integrada de Saúde Única”, ressalta Tatyana.
Pela FVS-RCP, participam também do evento Elder Figueira, do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA) e Augusto Zany, assessor de planejamento da Fundação.
Ação colaborativa de vigilância
A iniciativa fortalece as redes de vigilância por meio da abordagem multissetorial de Saúde Única que inclui capacidades laboratoriais e de pesquisa aplicada contribuindo para detectar e alertar oportunamente as autoridades de saúde locais e nacionais, segundo destaca o diretor de emergências em Saúde Pública da OPAS, Sylvain Aldighieri.
“Esse é um evento chave para a Organização Pan-Americana da Saúde, porque esse é o primeiro exemplo que temos dessa região (amazônica) de um enfoque que se está aplicando a nível global. O objetivo é mapear os riscos para emergências de enfermidades infecciosas, em um contexto pós-Covid-19 e assegurar redes entre países que compartilham o mesmo ecossistema na bacia amazônica”, afirmou Sylvain.
Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, destaca a importância de especialistas se debruçarem nos estudos acerca de patógenos na região amazônica.
“A congregação de vários especialistas dedicados a este estudo é uma atividade muito importante do ponto de vista técnico-acadêmico para que a gente possa trabalhar conjuntamente e trazer soluções que sejam benéficas para a população”, ressalta.
FOTOS: Anne Karoline Alves/FVS-RCP