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Amazonas tem a maior população indígena do Brasil, informa IBGE

O Censo 2022 contabilizou 1.693.535 indígenas no país, o que representa 0,83% da população residente no Brasil. A presença de indígenas foi identificada em 4.832 municípios. Entre as cinco regiões brasileiras, a Norte, com
753 mil pessoas que se autodeclaram, tem a maior população de indígenas. Isso representa 4,34% da população da região. O Nordeste vem em segundo lugar com 538 mil pessoas, ou ainda, 0,97% de sua população. O Sudeste, embora seja a região mais populosa do país, possui apenas 123.369 indígenas.

No Amazonas, o Censo 2022 contou 490.854 indígenas o que corresponde a 28,9% do total nacional. A Bahia é o segundo Estado com a maior quantidade. No Brasil, 61,43% dos indígenas se concentram em cinco Estados
brasileiros: Amazonas (490.854); Bahia (229.103); Mato Grosso do Sul (116.346); Pernambuco (106.634) e Roraima (97.300). Já a Unidade da Federação com menor população é o Estado de Sergipe (4.708).

A pesquisa sobre a população indígena utilizou novas metodologias para oportunizar às pessoas se auto identificarem com indígenas. Pela primeira vez se perguntou às pessoas, que moravam fora de terras indígenas, se elas se consideravam indígenas. Ou seja, o IBGE através de uma nova cartografia indígena, criou às chamadas Localidade Indígenas, que são aquelas que compõem o conjunto das Terras Indígenas (agrupamentos indígenas e demais áreas de conhecida ou potencial ocupação indígena). Para se ter uma ideia, em 2022, no Amazonas, foram10.635 setores censitários.

Desse total 7.603 (71,4%), foram classificados como  Área de Interesse Operacional (AIO). Assim, cada vez que o recenseador entrava dentro dessas localidades pré-definidas, automaticamente o dispositivo de coleta fazia a pergunta de cobertura: “você se considera indígena?”. Com isso, muitas pessoas se auto identificaram como indígena. Isso possibilitou um aumento expressivo entre o Censo de 2010, quando a quantidade de indígenas era de 896.917; e o de 2022 que contabilizou 1.693.535 de indígenas; o que revelou um aumento de 88.8% entre os dois Censos. No Amazonas, o crescimento foi de 167,4%, passando de 183.514 para 490.854 indígenas. Entre os municípios brasileiros, 3.229 tiveram aumento absoluto de população indígena; 611 ficaram estável e 1.730 sofreram decréscimo.

Roraima é o Estado com a maior proporção de indígenas, se considerado o total de sua população. Lá os indígenas representam 15,29% do total de moradores. O Amazonas vem em segundo lugar com 12,45%; o Mato Grosso com 4,22% e o Acre com 3,82%.

Como o questionário do Censo concedia duas oportunidades da autoidentificação dos indígenas: Na pergunta de cor e raça, e na pergunta de cobertura (você se considera indígena?), foi possível verificar que 72,4% dos
indígenas se identificaram pela pergunta de cor e raça, outros 27,6% se declararam pela pergunta de cobertura “você se considera indígena?”.

Estão no Amazonas seis (6) dos dez municípios com maior população indígena do país (Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Autazes e Tefé). Manaus é o município e a capital com a maior população indígena do Brasil. Ao todo 71.713 pessoas se autodeclararam indígena e isso representa 3,4% do total da população do município. Entre os dez municípios amazonenses com maior população indígena São Gabriel da Cachoeira é o que tem a maior proporção de pessoas indígenas (93,1%); seguido por São Paulo de Olivença com 80,7%.

Considerando todos demais municípios, Uiramutã (RR) é o município brasileiro com maior proporção de indígenas entre sua população (96,6%); seguido de Santa Isabel do Rio Negro (AM), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Amaturá (AM) com 96,1%, 93,1% e 91,9% respectivamente.
A pesquisa sobre a população indígena utilizou novas metodologias para oportunizar às pessoas se auto identificarem com indígenas. Pela primeira vez se perguntou às pessoas, que moravam fora de terras indígenas, se elas se consideravam indígenas. Ou seja, o IBGE através de uma nova cartografia indígena, criou às chamadas Localidade Indígenas, que são aquelas que compõem o conjunto das Terras Indígenas (agrupamentos indígenas e demais áreas de conhecida ou potencial ocupação indígena). Para se ter uma ideia, em 2022, no Amazonas, foram10.635 setores censitários.

Desse total 7.603 (71,4%), foram classificados como  Área de Interesse Operacional (AIO). Assim, cada vez que o recenseador entrava dentro dessas localidades pré-definidas, automaticamente o dispositivo de coleta fazia a pergunta de cobertura: “você se considera indígena?”. Com isso, muitas pessoas se auto identificaram como indígena. Isso possibilitou um aumento expressivo entre o Censo de 2010, quando a quantidade de indígenas era de 896.917; e o de 2022 que contabilizou 1.693.535 de indígenas; o que revelou um aumento de 88.8% entre os dois Censos. No Amazonas, o crescimento foi de 167,4%, passando de 183.514 para 490.854 indígenas. Entre os municípios brasileiros, 3.229 tiveram aumento absoluto de população indígena; 611 ficaram
estável e 1.730 sofreram decréscimo.

Roraima é o Estado com a maior proporção de indígenas, se considerado o total de sua população. Lá os indígenas representam 15,29% do total de moradores. O Amazonas vem em segundo lugar com 12,45%; o Mato Grosso com 4,22% e o Acre com 3,82%.

Como o questionário do Censo concedia duas oportunidades da autoidentificação dos indígenas: Na pergunta de cor e raça, e na pergunta de cobertura (você se considera indígena?), foi possível verificar que 72,4% dos
indígenas se identificaram pela pergunta de cor e raça, outros 27,6% se declararam pela pergunta de cobertura “você se considera indígena?”.

Estão no Amazonas seis (6) dos dez municípios com maior população indígena do país (Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Autazes e Tefé). Manaus é o município e a capital com a maior população indígena do Brasil. Ao todo 71.713 pessoas se autodeclararam indígena e isso representa 3,4% do total da população do município. Entre os dez municípios amazonenses com maior população indígena São Gabriel da Cachoeira é o que tem a maior proporção de pessoas indígenas (93,1%); seguido por São Paulo de Olivença com 80,7%. Considerando todos demais municípios, Uiramutã (RR) é o município brasileiro com maior proporção de indígenas entre sua população (96,6%); seguido de Santa Isabel do Rio Negro (AM), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Amaturá (AM) com 96,1%, 93,1% e 91,9% respectivamente.
No Brasil, conforme o mais recente Censo, 622.066 pessoas indígenas (36,73%) residiam dentro de terras indígenas e 1.071.469 pessoas indígenas (63,27%) estavam foram destas áreas. Entre os Estados com maior percentual de pessoas indígenas, dentro de terras indígenas, estão o Mato Grosso (77,39%), Tocantins (75,98%), Roraima (73,38%) e Maranhão (72,93%). O Amazonas aparece na 17a posição nesse ranking, com 30,37% de pessoas indígenas, residentes em terras indígenas. Embora a população indígena do Amazonas seja alta,
proporcionalmente, em relação ao total de moradores do Estado, somente 30,3% das pessoas que se autodeclararam indígena, moram em terras indígenas. O índice está abaixo da média nacional que é de 36,7%. Em São Gabriel da Cachoeira esse percentual foi de 51,5%. Já em Manaus, nenhum indígena mora em terra
indígena.

Devido a dinâmica dos territórios e mudanças de metodologias de coleta, entre os dois últimos Censos, nem sempre a comparação de alguns dados da população indígena, entre o Censo 2010 e o Censo 2022, é possível. No Amazonas a variação, nos Censos 2010 e 2022, de pessoas indígenas em Terras Indígenas foi de 18,8%.
A maior variação, porém, foi identificada em Roraima (53,5%) e a menor em Alagoas (-17,7%). Em todo país, 63,6% das terras indígenas apresentaram variação positiva de população e 34,1% apresentaram variação negativa. Apenas 0,6% apresentaram os mesmos indicativos, entre os dois últimos Censos e 1,5% não apresentaram população.

Amazônia

Na Amazônia, 3,26% da população é indígena. Isso representa 51,2% da população indígena do Brasil. Ao todo são 630.041 domicílios com moradores indígenas. A média de moradores em domicílios particulares ocupados é de 3,64, contra2,79 no país.
Amazonas
No Amazonas, a possibilidade das pessoas, após a pergunta de cor e raça, se auto identificarem como indígenas; possibilitou que mais pessoas se manifestassem. Assim, enquanto 7,7% da população do estado se identificou como indígena pela pergunta de cor ou raça indígena. Outros 4,7% se consideraram indígena pela pergunta de cobertura “você se considera indígena?”. Já em Manaus apenas 18.853 identificaram se pela pergunta cor ou raça indígena; outros 52.860 se consideraram indígena na pergunta de cobertura. Esse dado indica a importância
da pergunta de cobertura como fator de auto identificação das pessoas indígenas residentes na capital.

A presença indígena na população amazonense é tão marcante que todos os 62 municípios do Estado registraram o grupo étnico em sua população. O Estado é destaque em todas as principais estatísticas indígenas do Censo 2022. O município do Amazonas com maior população indígena é Manaus (71.713), seguido de São
Gabriel da Cachoeira (48.256), São Paulo de Olivença (26.619) e Tabatinga(34.497).
Em termos de percentual de pessoas indígenas, entre o total da população residente, em Santa Isabel do Rio Negro 96% da população se auto identificou como indígena; seguido de São Gabriel da Cachoeira (93%), Amaturá 92% e São Paulo de Olivença (80%).
Em números absolutos, Manaus foi o município que mais teve aumento de população indígena entre os anos de 2010 e 2022 (67.673). Em seguida vem os municípios de Tabatinga (19.993), Tefé (19.340) e São Gabriel da Cachoeira (18.694). Anori foi o único município que perdeu população indígena (111).
Percentualmente, Urucurituba cresceu 19.077%, seguido de Caapiranga (4.486%), Silves (3.453%) e Itapiranga (2.235%). Embora existam grandes áreas demarcadas no Amazonas, 69,6% das pessoas que se declararam indígenas, moravam fora de terras indígenas. O que reflete a grande dinâmica migratória dessas populações.

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