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Mostra Audiovisual do projeto “Cabé – Cinema a Céu Aberto”  inicia na próxima quinta-feira (1º)

Filmes serão exibidos na  Lira do Teatro Amazonas, no Centro de Convivência Padre Pedro Vignola e no Igarapé de Manaus, nos dias  1º, 02 e 03 de agosto

Acontece na próxima quinta-feira (1º), a partir das 18h, na Lira do Teatro Amazonas, localizado no Largo de São Sebastião, a Mostra Audiovisual do projeto “Cabé – Cinema a Céu Aberto”. A iniciativa  chega à capital amazonense com a proposta de democratizar o acesso à cultura e levar o cinema para diferentes localidades.

Entre os dias 1º e 3 de agosto, oito filmes serão exibidos gratuitamente  com tradução em libras para garantir a acessibilidade a todos os públicos.

A programação começa no dia 1º de agosto, quinta-feira, na Lira do Teatro Amazonas, localizada no Centro Histórico da cidade. A partir das 20h, o público poderá apreciar as obras: Visagens e Visões, Como levar meu avô p’ro céu, Santo Casamenteiro, Bênhëkié, Insalubre, A Raiz é o Sentido, Anamã, a Veneza do Amazonas e Filho da Selva. 

No dia seguinte, sexta-feira, 2 de agosto, é a vez do Centro Estadual de Convivência da Família – Padre Pedro Vignola, no bairro Cidade Nova, receber a tela grande a partir das 18h. 

Para fechar a programação com chave de ouro, no sábado, dia 3 de agosto, a Praça Desembargador Paulo Jacob, no bairro Dom Pedro I, será palco da exibição dos longas-metragem. 

Sobre o projeto

O projeto busca transformar territórios urbanos em cinema ao livre e, também, dar espaço a trabalhos independentes, inclusive criados durante o período de distanciamento social causado em decorrência da Covid-19 e ainda que promovam debates e reflexões sobre o tema que exploram.

Alexandre de Sena, idealizador do “Cabé – Cinema a Céu Aberto”, ressalta a importância de democratizar o acesso à cultura e levar o cinema para diferentes públicos. “Nós reconhecemos todas as iniciativas que produzem a arte e o nosso propósito é alcançar outros bairros e realizar exibições audiovisuais fora das salas convencionais de cinema, além de valorizar o encontro dos espectadores”, explica Alexandre.

O “Cabé – Cinema a Céu Aberto” vai além da exibição de filmes. O projeto busca transformar espaços urbanos em verdadeiros cinemas ao ar livre, promovendo o encontro da comunidade com a sétima arte e proporcionando momentos de lazer, cultura e reflexão.

Ao selecionar filmes produzidos na Amazônia e que abordam temas relevantes para a região, a iniciativa visa valorizar a produção audiovisual local e estimular o debate sobre questões sociais e culturais importantes para o público manauara.

Seleção

As obras foram selecionadas em junho, após o projeto abrir inscrições gratuitas para compor a programação. Os trabalhos selecionados recebem uma ajuda de custo no valor de até R$ 8 mi. 

Foram selecionadas obras, como curtas, médias ou longas-metragens, estreantes ou não, vídeos (dança, performance, fotos, videoclipes, etc), animações, entre outras propostas oriundas de artistas dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e todo estado do Maranhão. 

Conheça os filmes:

Visagens e Visões –  Lab e Muirak Studio (Belém/PA) – Durante uma viagem noturna, um taxista conta a uma passageira estranhos casos ocorridos em diferentes bairros e décadas de Belém, transformando perspectivas e crenças da moça sobre a cidade.

Visagens e Visões é um curta-metragem de animação no estilo antologia, mesclando estilo tradicional com motioncomics. A obra é livremente inspirada no icônico livro “Visagens e Assombrações de Belém”, do gênio Walcyr Monteiro, seguindo diferentes estilos estéticos a cada segmento. A trama busca dramatizar a intenção de “viagem pela capital paraense” que o livro representa, mostrando diferentes épocas, espaços e pessoas da cidade, enquanto discute perspectivas, crenças e problemáticas atuais, em formas de alegorias e metáforas.

*Como levar meu avô p’ro céu – Thairo Meneghetti e Wanderson Lana (Primavera do Leste/MT)– O curta fala sobre o amor de um avô e sua neta no início da pandemia da Covid 19 numa pequena cidade do interior de Mato Grosso em que as informações demoram a chegar. 

É nessa comunidade que vivem Juliana e seu avô, que infelizmente está muito doente. Diante do pior cenário, ele prepara a neta para sua ausência, apostando na beleza do imaginário infantil para o enfrentamento da perda. Para isso, o último pedido feito pelo avô é um tanto quanto inusitado: Juliana precisa encontrar um saci e pedir que seu avô se transforme em estrela ou passarinho, para assim chegar ao céu.

Santo Casamenteiro – Izis Negreiros (Manaus/AM) – Santo Casamenteiro é uma comédia que satiriza esse universo das relações amorosas e da busca pelo par que, apesar das tentativas, nunca é perfeito, para que possamos, através dos estereótipos, compreender e refletir sobre as diferenças. Por isso, a diretora manteve intencionalmente as características extravagantes dos personagens, elementos cômicos da trama. Dessa forma, Santo Casamenteiro aborda de forma bem humorada a difícil missão de encontrar uma companhia para quem quer casar. 

Benhekié – Amõkanewy Kariú (Acre e Maranhão)  – Woroy ayby tsohóá Kariú-Kariri do Acre. Benhekié andery bihé wbymará auby samy, buhuú andé crody anrá txôdjôkié mó ybá anrá retsè! Bênhekié andery bihé warúamé anrá nunú dîkrodycelé Tsohóá Kariú Kariri andé dí toá retsékerú Acre. Eywby yguéá bênhëkié sembohó wonhé ykrocelé.

Bênhëkié (brincar) é o primeiro filme todo feito na língua sagrada Kariú Kariri. Traz a força originária em suas imagens do meio do coração da floresta amazônica no Acre. O filme mostra as crianças Kariú Kariri brincando de aprender os cantos sagrados na língua de seu povo.

Insalubre – Juan lopes  (Manaus/AM) – O filme aborda o período em que a cidade de Manaus ficou coberta por fumaças devido às queimadas, ao mesmo tempo que sofreu com a seca histórica no ano de 2023 e como isso tudo impacta a vida dos moradores da cidade, principalmente dos ribeirinhos. Esse trabalho é um lembrete para que não esqueçamos de tudo que vivenciamos nesse período e uma denúncia para que situações como os incêndios criminosos não se repitam.

A Raiz é Sentido – Eber Pirangy e ISIS de Manaus (direção) – Produtora Pedra de Fogo Produções (Manaus/AM) – Uma bruxa e duas crianças são perseguidas na mata por um grupo paramilitar. Elas param a beira do igarapé para que a bruxa entregue o amuleto às meninas, que precisam escapar ilesas, então a mulher faz um pequeno ritual para salvá-las. Em seguida é capturada, não sem antes lutar. O grupo a leva para o escritório do comandante, por quem é julgada e condenada. 

A prisioneira é levada por um corredor para uma câmara de gás junto com outras prisioneiras resistentes à decisão. Enquanto isso, o oficial brinda com o comandante que bebe e cai morto. O oficial foge do local, enquanto a bruxa está na sala cada vez mais cheia de fumaça. Ele destrói o abrigo antes de ir embora. Ao fim, o oficial, as crianças e o gato posam para uma foto de família.

Esta obra foi desenvolvida com pouco recurso financeiro, mas com muito engajamento dos profissionais envolvidos, além disso é uma memória do último igarapé limpo da área urbana de Manaus, que hoje está ameaçado de poluição e extensão por empresas do ramo de energia. Assim como a temática abordada pelo videoclipe.

Anamã, a Veneza do Amazonas – Orlando Junior (Manaus/Am) – Anamã foi gravado em 2021, durante uma das maiores enchentes que aconteceu nos rios da bacia Amazônica, e na seca de 2023. O filme mostra a rotina da cidade, que vem sofrendo, nos últimos 10 anos, com um enorme impacto no período de cheia do rio Solimões. O município fica completamente alagado e os moradores têm de se adaptar à subida repentina das águas.

Filho da Selva – Geliel Soares Carvalho e Orange Cavalcante (Tefé/Am) – Naldo, um jovem ribeirinho, é encontrado por seu irmão na floresta, dez anos após seu misterioso desaparecimento na selva. A alegria do reencontro rapidamente dá lugar ao medo, à medida que eventos sobrenaturais começam a se manifestar na casa que agora compartilham. Fenômenos inexplicáveis e inquietantes sugerem que algo sombrio e desconhecido da selva acompanhou Naldo de volta, trazendo à tona segredos obscuros e forças que desafiam a compreensão e ameaçam a segurança de ambos.

Serviço:

O quê: Cabé – Cinema a Céu Aberto

Quando: 1º a 3 de agosto de 2024 

Onde:

  • Quinta-feira (01/08), 20h: Lira do Teatro Amazonas (Largo de São Sebastião – Centro)
  • Sexta-feira (02/08), 18h: Centro Estadual de Convivência da Família – Padre Pedro Vignola (R. Tupinambá, 119 – Cidade Nova)
  • Sábado (03/08), 18h: Praça Desembargador Paulo Jacob “BK” (Av. Igarapé de Manaus – Centro) 

Quanto: Gratuito

Com informações da assessoria

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