Motociclistas de aplicativo voltam a protestar em Manaus contra Lei do Motátaxi
Os trabalhadores percorreram avenidas movimentadas da cidade, como das Torres, Efigênio Salles e Darcy Vargas, em um ‘buzinaço’
Mototaxistas e motociclistas por aplicativo voltaram a protestar na manhã desta segunda-feira (21) em Manaus. A categoria contesta a lei municipal Nº 3.379/2024, que prevê regras para o serviço de mototáxi na capital.
Dezenas de motos foram vistas em avenidas movimentadas da capital como Governador José Lindoso (das Torres), Efigênio Salles e Darcy Vargas. Entre buzinas e bandeiras, os trabalhadores gritavam pelo “direito de trabalhar”. O grupo se deslocou para frente da sede da Prefeitura de Manaus, na avenida Brasil, bairro Compensa, zona Oeste.
A lei que eles contestam dispõe sobre os Serviços de Transporte Individual de Passageiros em Veículos de Aluguel, denominado Mototáxi e estabelece mudanças na operacionalização do serviço, com a redução de mototaxistas permitidos.
Serviço
De acordo com a categoria, a medida coloca a renda de suas famílias em risco e limitaria a competitividade e oferta de serviços, como o de transporte por aplicativo, afetando toda a população.
Em entrevista , Francisco de Assis disse temer não poder trabalhar como motorista de aplicativo, uma vez que metade da sua renda é oriunda das corridas. “Eu trabalho como cobrador e complemento minha renda com as corridas do aplicativo, atualmente corresponde a 50% do total do que ganho. Ainda bem que sou só eu e Deus, mas quem tem filho pequeno, mulher, fica muito difícil. Temos que lutar pra conseguir continuar trabalhando”, apontou.
Prefeitura descarta mudanças
Na sexta-feira (18), a Prefeitura de Manaus se posicionou sobre o assunto e afirmou que passageiros e motoristas das plataformas de serviços de aplicativos de transporte como Uber, 99Pop, entre outros, não terão qualquer mudança em suas atividades na cidade de Manaus.
O Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) ressaltou que descarta quaisquer alterações que possam prejudicar ou tornar estes serviços mais burocráticos.
O executivo municipal explica ainda que o PL foi elaborado para se adequar à nova Emenda da Loman, que aumentou a quantidade de mototáxi, para aproximadamente 10 mil.
“As principais mudanças na legislação se referem à troca de permissão para autorização dos serviços de mototaxistas e da proporcionalidade dos veículos, passando para uma moto a cada 225 habitantes, segundo o aumento populacional da cidade”, justificou.
Via: Toda Hora