Atentado: veja quem é o homem que se explodiu em frente do STF
A pessoa que se explodiu na frente do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de quarta-feira (13), foi identificada como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Conhecido pelo codinome “Tiü França” nas redes sociais, Francisco morava em Rio do Sul (SC) e foi candidato a vereador pelo município catarinense em 2020, mas não foi eleito.
Francisco usava as redes sociais para publicar mensagens de teor violento, sugerindo ataques com bombas contra alvos políticos que ele chamava de “comunistas”. Durante o ocorrido, ele morreu, ficando com o corpo desfigurado pela explosão, que arremessou partes de seus restos mortais a metros de distância.
Nos últimos dias, ele chegou a divulgar prints de ameaças que enviava a si próprio, incluindo mensagens crípticas que mencionavam uma data final para o que ele chamava de “jogo”, marcada para 16 de novembro de 2024. Em outra publicação, Francisco aparece dentro do plenário do STF, onde afirma que “deixaram a raposa entrar no galinheiro”.
A explosão, que ocorreu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, foi ouvida em diferentes pontos da Praça dos Três Poderes, causando alarde e levantando questões sobre a segurança nos prédios governamentais. A polícia investiga se há outras ameaças ou envolvidos.
Investigação
Peritos criminais da Polícia Federal (PF) vão investigar as explosões com estratégia semelhante à reconstrução de cenário na identificação dos crimes de 8 de janeiro do ano passado, quando os prédios do Três Poderes sofreram ataques golpistas.
Entre os primeiros procedimentos que os peritos da PF devem fazer no local estão a identificação de todos os vestígios, além de uma identificação das imagens da área com ferramentas tecnológicas 3D a fim de compreender, em detalhes, a dinâmica do ataque.
Os peritos criminais da Polícia Federal atuarão nas investigações das explosões na Praça dos Três Poderes e no Anexo 4 da Câmara dos Deputados. Profissionais do Instituto Nacional de Criminalística (INC), que são especialistas em perícias de locais de crime e bombas e explosivos, foram acionados logo depois da ocorrência. A PF abriu inquérito para investigar o caso.