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Manifestantes protestam em Manaus contra a escala 6×1

Movimentos sociais, sindicais e estudantis participaram do ato, cujo objetivo é exigir melhores condições de trabalho, a redução da jornada semanal e o fim do modelo de escala 6×1.

Na manhã desta sexta-feira (15), feriado de Proclamação da República, manifestantes se reuniram na avenida Autaz Mirim, Zona Leste de Manaus, para protestar contra a escala de trabalho 6×1, que oferece apenas um dia de folga para cada seis dias trabalhados. Movimentos sociais, sindicais e estudantis participaram do ato, cujo objetivo é exigir melhores condições de trabalho, a redução da jornada semanal e o fim do modelo de escala 6×1.

O protesto, que integra uma mobilização nacional, também foi impulsionado pela proposta da deputada Érika Hilton (PSOL – SP) de reduzir a jornada semanal de 44 para 36 horas, sem diminuição salarial, e implementar o modelo 4×3, com três dias de folga para cada quatro trabalhados. Entre os presentes, figuras como o vereador Zé Ricardo (PT) e a líder indígena Vanda Witoto (Rede) discursaram, destacando a importância do descanso e da qualidade de vida para os trabalhadores.

Além de discursos e faixas impactantes, os manifestantes realizaram panfletagem e se posicionaram em faixas de pedestres para conscientizar a população. A advogada trabalhista Fernanda Mourão, representando o Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), reforçou que o ato visa mobilizar trabalhadores e pressionar o Congresso pela aprovação de uma proposta de emenda à Constituição que revise a escala 6×1, priorizando a dignidade e saúde dos trabalhadores.

A manifestação contou também com a participação do grupo Maracatu Pedra Encantada, que relacionou a escala 6×1 à herança da escravidão. Para o fundador Marcelo Rosa, o modelo é prejudicial, especialmente para as comunidades negras que representam a maioria dos trabalhadores em condições de exploração.

Por volta das 10h, os manifestantes seguiram em passeata pelas ruas da Zona Leste, acompanhados de um carro de som onde lideranças do movimento, como o universitário Ruan Bentes, discursaram, reforçando a luta contra a “escala escravocrata”. O movimento também conta com o apoio de deputados da bancada amazonense, que aderiram à proposta na Câmara dos Deputados.

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