Quatro indiciados pela tentativa de golpe de Estado atuaram no CMA
Na lista estão os generais Theophilo Gaspar e Nilton Rodrigues e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima e Cleverson Ney Magalhães
Quatro dos 37 indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuaram no Comando Militar da Amazônia (CMA), localizado no bairro Ponta, zona Oeste de Manaus.
O general da reserva Theophilo Gaspar esteve até 2021 à frente do CMA; Ele é general de Brigada do Exército e ex-chefe do Comandante de Operações Terrestres do Exército. Investigado pela PF na Operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro.
O Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima comandou até fevereiro deste ano a 3ª Companhia de Forças Especiais de Manaus. Ele foi um dos presos na última terça-feira (19) por suposto envolvimento na elaboração de plano de assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
O general Nilton Diniz Rodrigues é o comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, em São Gabriel da Cachoeira. Ele foi assistente do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército entre março e dezembro de 2022. Nilton foi interrogado pela PF, em 6 de novembro, durante a investigação sobre a tentativa de golpe envolvendo integrantes do governo Jair Bolsonaro.
O tenente-coronel Cleverson Ney Magalhães foi subcomandante do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs) em Manaus. Ele é ex-oficial do Comando de Operações Terrestres. Investigações anteriores apontam que ele faria parte do núcleo operacional de apoio às ações golpistas e atuado na manutenção de manifestações em frente aos quartéis.