Caso Vitória: pai da jovem é incluído na lista de suspeitos do crime
Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrada morta em uma área de mata em Cajamar, em São Paulo, no último dia 5
A investigação policial que busca esclarecer o assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, ganhou um novo desdobramento: Carlos Alberto Souza, o pai da adolescente, é um dos suspeitos do crime.
De acordo com informações divulgadas pela CNN, os investigadores confirmaram que o comportamento do pai da jovem levantou sérias dúvidas durante a apuração. Carlos Alberto foi alvo de contradições em seus depoimentos, o que levou os investigadores a considerar sua participação no caso.
Carlos Alberto teria se preocupado em pedir um terreno para a família ao prefeito de Cajamar, quando sua filha ainda estava desaparecida. A atitude foi considerada suspeita. Além disso, de acordo com o documento, um relatório de uma operadora de telefonia apontou que ele realizou “diversas ligações para filha” no dia do crime, o que teria sido omitido em depoimento.
A defesa de Carlos Alberto alega ser um absurdo da polícia suspeitar do pai da vítima. O advogado diz que Carlos não foi ouvido formalmente, somente em diligências que têm cooperado, e não comentou das ligações por não ter sido questionado pelas autoridades.
A linha investigativa aponta uma relação conturbada entre pai e filha, o que fez Vitória querer ir morar na casa da irmã. Essas informações foram confirmadas em depoimento por uma amiga próxima à jovem.
Outros suspeitos
A Delegacia de Polícia de Cajamar ouviu mais de 11 testemunhas e dois veículos foram apreendidos para perícia. A principal linha de investigação é que a morte de Vitória foi por vingança.
Entre os suspeitos está o ex-namorado da vítima, Gustavo Vinicius, que apresentou versões conflitantes sobre o empréstimo de um veículo a um amigo. Gustavo chegou a prestar depoimento na delegacia, mas foi liberado após a justiça negar o pedido de prisão temporária feito pela equipe de investigação. Segundoa a polícia, o ex-namorado foi à delegacia por medo de ser morto pelos outros suspeitos.