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Portugal: arrecadação elevada do Estado pressiona poder de compra para baixo

Ganhou repercussão no mês de maio a notícia de que a Comissão Europeia recomendou que Portugal simplifique o seu sistema fiscal, aumentando a eficiência da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e reduzindo o fardo administrativo que incide sobre os contribuintes.

A projeção atual aponta que um cidadão português que ganha na faixa de 1.500 €, gasta cerca de 20% do total acumulado em doze meses somente com tributos.

De acordo com o contador e consultor português Joaquim Moreira, “o estado tem arrecadado muito. E a principal consequência disso é a diminuição do poder de compra dos portugueses. Os efeitos negativos disso são facilmente constatados”.

Para ele, esse deve ter sido também o principal motivo que fez a Comissão recomendar que o país melhore a eficácia do sistema fiscal e do sistema de proteção social, em particular através da simplificação das duas estruturais, fortalecendo a eficiência das repetitivas administrações e reduzindo o fardo administrativo associado.

Ainda conforme Joaquim, o pior de tudo é que a tendência é que isso tudo perdure por um bom tempo. “É simples, tudo isso acarreta um problema só: menor nível de qualidade de vida, causado pelo menor rendimento do dinheiro de cada um”, prognosticou.

Ainda dentro do assunto poder de compra baixo, o consultor comentou recentemente que além da crise gerada pela pandemia, a guerra na Ucrânia vem influenciando a baixa rentabilidade dos europeus.

“É uma cadeia que afeta não somente os consumidores. Repito, as pessoas tendem a perder o poder de compra. Com isso, quem cobrar caro, seja que produto for, corre um risco também: o de ficar sem vender”, relembrou.

Sobre Joaquim Moreira

Joaquim Moreira é um contador e consultor português com atuação em Portugal.

Com informações da assessoria

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