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PF faz operação contra garimpo ilegal; prefeito é um dos alvos

Policiais federais do Amazonas cumpriram dez mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (20/07) durante a Operação Uiara 3, que visa desarticular organização criminosa voltada à prática de garimpo ilegal e demais crimes conexos, como corrupção ativa e passiva, crimes ambientais e possíveis outros ocorrendo em sua maior parte na cidade de Jutaí/AM.

Entre os alvos estão o prefeito da cidade, Pedro Macario Barbosa, secretários e assessores municipais. Eles são suspeitos de cobrar propina de garimpeiros. Segundo a PF, Macario será afastado do cargo. A terceira fase da operação ocorreu em Jutaí e em Manaus.

Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão e dez medidas cautelares, dentre elas as de afastamento do cargo/funções públicas e acesso à prefeitura de Jutaí/AM, além da cassação de autorizações de garimpos de minério ilegal.

Segundo a PF, na primeira fase da operação, que teve por objetivo a desintrusão de garimpeiros ilegais na região de Autazes/AM e Nova Olinda do Norte/AM foram destruídas 131 balsas, sendo três pessoas presas com 150 gramas de ouro extraído ilegalmente da calha do Rio Madeira.

Já na segunda fase, que teve por objetivo a desintrusão de garimpeiros ilegais na região de Borba/AM, foram destruídas 34 balsas.

A Polícia Federal disse que atualmente toda a atividade de lavra de minério na região é ilegal e que as ações objetivando a desintrusão de garimpeiros continuarão a ser realizadas, assim como serão estendidas no decorrer do ano a outras regiões no Estado do Amazonas.

Prefeito

Pedro Macario Barbosa é suspeito de chefiar um esquema que usa a Prefeitura de Jutaí e secretarias para cobrar propina de garimpeiros que atuam ilegalmente na região. Conforme as investigações, os valores eram pagos em ouro ou dinheiro em espécie. Em novembro do ano passado, o prefeito chegou a ser preso com 257 gramas de ouro ilegal.

De acordo com as informações, os alvos da operação também cobravam propina dos donos de postos que vendiam os combustíveis para as dragas usadas em garimpos na região. O pagamento garantiria que a prefeitura fizesse vista grossa para a prática ilegal.

A operação desta quarta é resultado de uma investigação que começou em 2019 após a prisão de um garimpeiro.

Com informações da PF e do G1.

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