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Censo 2022: No AM, 1,1 milhão de domicílios serão visitados

Começa nesta segunda-feira, 1º de agosto de 2022, o Censo Demográfico brasileiro. No Amazonas, o IBGE dá início à coleta domiciliar do Censo com um evento de lançamento no Largo São Sebastião, em Manaus, com a presença de mais de mil recenseadores, agentes censitários e demais envolvidos na operação censitária.

Nos próximos três meses, os recenseadores do IBGE visitarão 89 milhões de endereços, sendo 75 milhões de domicílios brasileiros. A estimativa é de que sejam contabilizados cerca de 215 milhões de pessoas. No Amazonas, a estimativa é de que 1,1 milhão de domicílios serão visitados e 4,1 milhões de pessoas serão contabilizadas.

No Censo 2010, foram contabilizados 3,5 milhões de pessoas, no Amazonas, acréscimo de cerca de 600 mil pessoas, em relação ao observado no Censo 2000 (2,8 milhões), e de 700 mil pessoas a mais, em 2000, frente ao Censo 1991. Em 1970, o Censo do IBGE contabilizou menos de um milhão de pessoas no Estado (955.203). E voltando aos dados do 1º Censo realizado no Brasil, em 1872, 150 anos atrás, foram contabilizadas somente 57.610 pessoas no Amazonas.

O Superintendente do IBGE no Amazonas, Ilcleson Mendes, afirma que “ao realizarmos o Censo, estaremos fazendo história, entregando uma pesquisa cujos resultados são essenciais para conhecer a realidade, as condições de vida da nossa população e, assim, permitir a atuação do poder público de maneira mais assertiva, além de fornecer informações indispensáveis, também, à iniciativa privada, ajudando a pautar seus investimentos”. Assim, ele afirma que é essencial que a população receba bem o recenseador: “o Censo é para a sociedade. Assim convidamos a população a receber e responder aos nossos recenseadores, num exercício de cidadania, fazendo-se representar por meio das estatísticas oficiais”.

Mais de 180 mil recenseadores no Brasil; 2.702 no AM

O Censo brasileiro é uma das maiores operações censitárias do mundo. No auge da operação, em torno de 183 mil recenseadores irão de porta em porta em todos os 5.570 municípios do país. Ao todo, são 452.246 setores censitários urbanos e rurais, 5.972 localidades quilombolas, 624 terras indígenas, 11.400 aglomerados subnormais e 5.778 grupamentos indígenas.

No Amazonas, são mais de 3 mil pessoas envolvidas na operação censitária, sendo 2.702 recenseadores, com a tarefa de realizar o Censo nos 62 municípios do Estado. Além dos recenseadores, os agentes censitários, os coordenadores de área, subáreas, analistas censitários e demais coordenadores trabalham em diferentes frentes para que o Censo seja realizado dentro do planejado. Os resultados do Censo irão subsidiar o planejamento de políticas públicas e privadas pelos próximos anos.

Respeitando padrões metodológicos internacionais, os recenseadores vão visitar todos os endereços, abrangendo vários tipos de habitações: domicílios particulares, domicílios coletivos, domicílios improvisados e setores especiais, dentre os quais destacam-se terras indígenas, quilombos e aglomerados subnormais.

Identificação e trabalho do recenseador

Cada um dos 2.702 recenseadores do Amazonas poderá ser identificado pelo seu uniforme – colete do IBGE, boné com logotipo do Censo, pelo dispositivo móvel de coleta (DMC) e por um crachá visível no bolso do colete, com nome, número de matrícula e foto.

Além disso, é possível confirmar a identidade do agente do IBGE no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. Ambos constam no crachá do entrevistador, que também traz um QR code que leva à área de identificação no site. Para realizar a confirmação, o cidadão deve fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador.

Uma série de parcerias foram firmadas entre o IBGE, associações de administradoras de imóveis e condomínios, bem como sindicatos de representações habitacionais. O objetivo é disseminar o máximo de informação e orientação para moradores, síndicos, porteiros e zeladores, garantindo a integridade tanto dos moradores a serem visitados quanto dos recenseadores do IBGE em coleta nas ruas.

Como grande parcela da população passa a maior parte do dia fora do domicílio, os recenseadores poderão fazer visitas no horário noturno, durante feriados ou finais de semana. Cada recenseador organizará seu trabalho a fim de conseguir entrevistar ao menos um morador de todos os domicílios. Ou seja, todos serão contados, mas nem todos serão necessariamente entrevistados.

Questionário básico leva 5 minutos para ser respondido

No Censo 2022, há dois tipos de questionário: o básico, com 26 quesitos, leva em torno de 5 minutos para ser respondido. Já o questionário ampliado, com 77 perguntas e respondido por cerca de 11% dos domicílios, leva cerca de 16 minutos. A seleção da amostra que irá responder o questionário ampliado é aleatória e feita automaticamente no Dispositivo Móvel de Coleta (DMC) do recenseador.

O questionário básico traz os seguintes blocos de perguntas: identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio, mortalidade. Já o questionário da amostra, além dos blocos contidos no questionário básico, investiga também: trabalho, rendimento, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo, deslocamento para trabalho e autismo.

Além disso, o IBGE solicita os dados da pessoa que prestou as informações, como nome, telefone, e-mail e CPF. “O CPF nos ajuda a melhorar a qualidade de cobertura da operação”, esclarece o responsável pelo projeto técnico do Censo 2022, Luciano Duarte. Qualquer morador, acima de 12 anos, capaz de fornecer as informações, pode responder ao recenseador por todos os demais moradores daquele domicílio. Ou seja, apenas uma pessoa do domicílio responderá por todos os residentes.

Todas as informações coletadas são confidenciais, protegidas por sigilo e usadas exclusivamente para fins estatísticos, conforme estabelece a legislação pertinente: Lei nº 5.534/68, Lei nº 5.878/73 e o Decreto nº 73.177/73. Já a Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação de informações estatísticas.

Questionário pode ser respondido presencialmente, por telefone e pela internet

Este ano, além da coleta presencial e do autopreenchimento pela internet, será possível responder ao Censo também pelo telefone. “De qualquer maneira, é preciso que o recenseador visite o domicílio, para captar a coordenada e fazer o contato com o morador”, explica Luciano Duarte.

A partir daí, o cidadão poderá realizar ou agendar a entrevista presencial, marcar com o recenseador uma entrevista por telefone ou optar pelo autopreenchimento via internet. Se escolher responder pela internet, o informante receberá um e-ticket, com validade de sete dias.

A entrevista por telefone também será utilizada para aqueles que optarem pelo autopreenchimento pela internet, mas não concluírem o questionário. Para isso, o IBGE terá uma central telefônica exclusiva, o Centro de Apoio ao Censo (CAC), disponível via 0800 721 8181.

Em caso de recusas ou ausência do morador, o IBGE tem uma estratégia de contingência. Caso o recenseador não encontre o morador na primeira visita, ele deixará um bloco de recado e/ou tentará o contato por telefone, quando houver essa informação no DMC. Além disso, o recenseador deverá retornar ao domicílio, no mínimo, mais quatro vezes, sendo que uma obrigatoriamente em turno alternativo.

“Isso é controlado automaticamente pelo sistema, que monitora os trajetos percorridos pelos recenseadores. Só depois de retornar quatro vezes é que ele pode ‘desistir’ daquele domicílio”, explica Luciano.

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