Programa da Estácio já ensinou mais de 800 jovens e adultos
Para aqueles que não desenvolveram a habilidade de ler e escrever durante os primeiros anos de vida, esse pode ser um obstáculo a enfrentar no dia a dia da vida adulta. Pegar um ônibus, ler uma receita médica, ir ao banco ou enviar uma mensagem por aplicativo no celular se torna bem mais difícil. No Dia Mundial da Alfabetização, que ocorre nesta quinta-feira (08), os olhos se voltam para os índices de analfabetismo no país, ainda considerados elevados.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) feita pelo IBGE em 2019 apontam que 6,6% da população brasileira com 15 anos de idade ou mais não sabem ler ou escrever, e que a maior concentração dessas pessoas vive no Nordeste (13,9%).
O motorista Alberto Alexandre de Bento, de 44 anos, fazia parte desse grupo, mas motivado pela perspectiva de adquirir mais conhecimento, participou da turma de 2022.1 do Programa de Alfabetização e Letramento da Estácio e relata que hoje em dia já consegue compreender melhor o mundo ao seu redor por meio da leitura.
Durante quatro meses, ele frequentou aulas de escrita, leitura e interpretação de texto ministradas pelos alunos do cursos de Licenciatura da instituição, sempre com orientação e acompanhamento dos docentes. Além disso, também teve orientação sobre como resolver problemas matemáticos simples e utilizar as redes sociais de forma simples e criteriosa.
“As professoras da turma são muito dedicadas e empenhadas em nos ensinar, por isso conseguimos aprender de forma fácil e todo dia evoluímos. Hoje em dia, já consigo ler placas na rua e escrever mais do que apenas o meu nome”, declara. Em julho, ele recebeu seu diploma do projeto e celebrou a conquista.
Para a pedagoga Jeanne Maciel, coordenadora do projeto em Natal, o programa de letramento traz benefícios mútuos: enquanto favorece a comunidade ao redor da faculdade, também faz com que os alunos de cursos como Pedagogia, Letras, História, Geografia e Matemática consigam enriquecer seus currículos e aprender na prática como é o trabalho em sala de aula.
“A alfabetização de jovens e adultos é enriquecedora, e esse projeto é muito importante porque nos permite ajudar a devolver a cidadania e autonomia daqueles que, por diversos motivos, não puderam ser alfabetizados na infância. Cada caso que temos contato é único e é gratificante ver de perto a diferença que o programa faz na vida dos alunos”, conta a professora.
Sobre o projeto
O Programa de Alfabetização e Letramento de Jovens e Adultos da Estácio faz parte de um projeto nacional da instituição de ensino superior em parceria com o Instituto YDUQS e está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 4, da Organização das Nações Unidas (ONU), cuja iniciativa busca ajudar o indivíduo a exercer a sua cidadania.
Cláudia Romano, presidente do Instituto Yduqs e vice-presidente de Relações Governamentais, Comunicação e Sustentabilidade da Estácio explica que o projeto tem como missão combater o analfabetismo e erradicá-lo nas comunidades do entorno das instituições de ensino do grupo. “Mais de 800 pessoas já passaram pelo programa e a cada edição implementamos a ação em novas unidades de ensino. Transformar vidas, é isso que a gente faz por aqui”, comenta.
Com informações da assessoria