Acesso à saúde e aos direitos contribui para a longevidade
Em 1950, a expectativa do brasileiro era de 48 anos, em 2023, subiu para 76 anos e, em 2100, a estimativa é alcançar os 88 anos. No município de Maués, interior do Amazonas, a população de 50 mil habitantes tem o dobro da média nacional de pessoas com mais de 80 anos. A alimentação, o apoio familiar e o acesso aos direitos são fundamentais para a longevidade.
Para discutir o assunto, as Instituições Nelly Falcão de Souza e a Associação Casa do Professor realizaram, nesta segunda-feira, uma roda de conversa com especialistas. A ação fez parte das comemorações do Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa, que ocorre nesta quinta-feira (15).
Segundo o médico Euler Ribeiro, durante uma pesquisa com a população idosa de Maués foi constatado que eles possuem um estilo de vida menos estressante, o que evita a morte celular e prejuízos neurais. “Além disso, eles dormem mais cedo e acordam mais cedo. Hábitos que fazem toda a diferença na saúde”, disse.
O médico também orientou sobre a necessidade de exercício físico para a saúde física e mental do idoso. Uma caminhada de 30 a 40 minutos por dia. “E aliada a uma alimentação equilibrada evita que surjam doenças durante o processo de envelhecimento”, informou o médico, que possui mais de 50 anos de experiência.
Saúde Mental
A roda de conversa mediada pela professora Nelly Falcão contou também com a presença da psicóloga Thaís Affonso, que exemplificou as formas de violências sofridas pela população idosa, que vão desde a física e emocional até a financeira.
“E essas violências e maus tratos afetam a autoestima, contribuem para o processo de reclusão, causam culpa, vergonha e até medo. Por conta disso, muitos idosos acabam apresentando sintomas de ansiedade e quadro depressivo”, disse a psicóloga.
Thaís frisa que fortalecer os vínculos com a pessoa idosa é uma das maneiras para prevenir situações de risco de violência e ajudá-la a desenvolver suas potencialidades e capacidades.
Direito do Idoso
Já a defensora pública Melissa Credie, que também participou do encontro, apontou destacou a importância de o idoso ter acesso à informação para se conscientizar sobre como reconhecer casos de violação de direitos para com o outro e para consigo e se tornar capaz de denunciar. “Quanto mais informados, mais fácil de lidar com essa problemática”, enfatiza.
Além da Defensoria Pública, há outros canais para denunciar violência contra o idoso, entre eles, a Delegacia Especializada de Crime Contra Idoso, localizada na rua do Comércio, 270 – Parque Dez, e o Disque 100.