Dia a Dia

Adaf intercepta 10 toneladas de laranja e coco que seriam transportadas irregularmente para Manaus

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) impediu a entrada no estado de frutos hospedeiros de pragas perigosas para a fruticultura, ao rechaçar uma carga de 10 toneladas de laranja e coco, transportada irregularmente de Rorainópolis (RR) com destino a Manaus. O caminhão-baú foi interceptado, na tarde de segunda-feira (09/10), na Barreira de Vigilância Agropecuária (BVA) localizada no município de Jundiá, em Roraima.

O veículo continha 8 toneladas de laranja e 2 de coco. A laranja não pode ser transportada de Roraima para o Amazonas em nenhuma situação, pois o estado vizinho encontra-se sob quarentena para a praga quarentenária mosca-da-carambola.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo e a mosca-da-carambola é a principal ameaça à manutenção dos mercados de exportação.

O Amazonas não possui registro de ocorrência da praga e a Adaf atua para impedir a entrada da mosca-da-carambola, por meio da fiscalização do transporte de frutos hospedeiros nas barreiras de vigilância, educação sanitária e pelo monitoramento das armadilhas do tipo Jackson, que são compostas por estruturas de papel resinado, com uma base colante que prende os insetos atraídos por feromônio específico. O monitoramento das armadilhas é feito em conjunto com a Superintendência de Agricultura e Pecuária (SFA-AM).

A praga tem potencial para gerar grandes danos à fruticultura e ataca 30 espécies, como manga, laranja, jaca, goiaba, tomate, acerola, pimenta-de-cheiro e carambola. Por conta da quarentena declarada pelo Mapa em abril deste ano, todos esses frutos estão proibidos de circular dos estados onde há ocorrência atualmente (Amapá, Roraima e parte do Pará) para outras unidades da federação.

Já o coco é potencial hospedeiro do ácaro hindustânico – praga que também atinge a produção de citros – e as 2 toneladas interceptadas no mesmo caminhão-baú estavam sem a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), documento obrigatório para acompanhar o trânsito de partida de plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal.

O fiscal agropecuário engenheiro florestal Vilson Rocha destacou a ação da Adaf na barreira para a redução do risco fitossanitário. “São frutos que poderiam trazer grande prejuízo aos cultivos locais, caso não fosse interceptada. Como se trata de uma carga que foi identificada ainda dentro do estado de Roraima, e de grande volume, portanto, sem condições de destruição, ela foi rechaçada, voltando ao local de origem”, explicou.

A BVA de Jundiá é estrategicamente posicionada em Roraima para que cargas com risco fitossanitário sejam interceptadas antes de entrar no Amazonas. Nela, a Adaf atua conjuntamente com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (Aderr).

FOTOS: Divulgação/ Adaf

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