Apoio psicológico é importante no cuidado de pessoas com Alzheimer e seus familiares
Em alusão ao Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, celebrado nesta quinta-feira (21/09), a Psicóloga Danielle Macedo, do Centro de Atenção Integral à Melhor Idade (Caimi) Dr. André Araújo, da Secretaria de Estado de Saúde Amazonas (SES-AM), destaca a importância do apoio psicológico para pacientes portadores da doença.
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, causando perda progressiva de memória e habilidades cognitivas. No entanto, além dos desafios físicos, existe uma necessidade crucial de cuidado e suporte emocional para aqueles que vivem com essa doença.
A psicologia desempenha um papel fundamental para pessoas com Alzheimer, ajudando a lidar com as mudanças emocionais, promovendo a qualidade de vida e auxiliando os familiares no processo de adaptação. A especialista explica que o primeiro passo é aceitar as mudanças significativas na vida.
“O diagnóstico de Alzheimer em um membro da família causa mudanças significativas na rotina familiar, e o primeiro papel da psicologia é de ajudar esta família a compreender o que está acontecendo para poder lidar melhor com as mudanças que serão necessárias a partir daquele momento. É necessário trabalhar essa ressignificação para poder lidar corretamente com o indivíduo”, pontua a especialista.
Além disso, a psicologia possui também, algumas ferramentas que podem auxiliar na adaptação do paciente com diagnóstico de Alzheimer tais como exercícios de estimulação cognitiva, prática esta feita em forma de oficina que vem apresentando resultados satisfatórios; treinamento de habilidades, aconselhamento individual e familiar; e terapia comportamental cognitiva.
Ainda de acordo com a especialista, cuidar de uma pessoa com um diagnóstico avançado de uma doença neurodegenerativa pode sobrecarregar os cuidadores, especialmente quando são familiares, pois não há expectativa de melhora e o quadro tende a piorar com o tempo. Em algumas situações, segundo ela, a doença afeta mais o cuidador do que efetivamente o paciente.
“Uma das mudanças que podem gerar mais estresse é a agressividade, principalmente quando o cuidador não entende como sintoma da doença, mas sim como uma forma do paciente irritá-lo ou ofendê-lo”, ressalta Danielle Macedo.
FOTO: Divulgação/ SES-AM