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Aumento do câncer de próstata no AM é alerta para prevenção e fim do preconceito ao toque retal

Apenas em 2022, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) deve registrar 65 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil. O número alto acende um alerta para a prevenção e diagnóstico precoce desse é que é um tipo de câncer mais frequente entre os homens no País. No Amazonas, até o fim deste ano, 480 novos casos devem ser confirmados por meio de exames específicos.

De acordo com o urologista Flávio Antunes, a elevação do número de casos de câncer de próstata no Estado é um sobreaviso sobre a importância de sensibilizar os homens sobre os cuidados com a própria saúde e a importância de abandonar qualquer preconceito com o diagnóstico precoce do câncer de próstata.

“Sem dúvidas, a campanha Novembro Azul tem conscientizado os homens sobre a importância de deixar preconceitos de lado e realizar os exames preventivos de câncer de próstata. Ainda existe resistência de parte dos homens que não permite que o médico urologista realize o exame de toque retal. Já o teste PSA (antígeno prostático específico) feito através do exame de sangue não enfrenta tanta resistência por parte dos pacientes. No entanto, mais homens têm ido ao urologista, mas ainda há muita desinformação e preconceito com o autocuidado e a busca pela prevenção. A maioria dos homens só vai ao médico quando já há sintomas de alguma doença. Embora desconfortável, o exame é necessário. É importante que a gente fale sobre essa importância na mídia, nas rodas de conversas e dentro de casa”, destacou Antunes.

O diagnóstico começa aos 50 anos, mas se houver fatores de risco, como casos da enfermidade na família, em parentes de primeiro grau, o exame deve ser realizado desde os 45 anos. Ainda conforme o especialista, o câncer de próstata mata e não pode ser negligenciado. Em 2020, por exemplo, foram registrados 15,8 mil óbitos, segundo dados do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade).

Os principais sinais e sintomas suspeitos do câncer de próstata são: dificuldade de urinar; demora em começar e terminar de urinar; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite e presença de sangue na urina.

“Em sua fase inicial, a doença pode não apresentar sintoma. Com o avanço do quadro, os homens podem ter dor para urinar, jato de urina diminuído, aumento do número de vezes para urinar de dia e à noite ou com sangramento na urina devem ir ao urologista para uma avaliação especializada. Outros sintomas são fraqueza ou dormência nas pernas ou pés, disfunção erétil, além de dor no quadril, costas e coxas”.

Aguardar a ocorrência desses sintomas para checar as condições da glândula pode significar a perda das oportunidades de recuperação. Então, segundo Flávio Antunes, o melhor caminho é buscar o atendimento médico para um check-up anualmente.

“É importante que o homem tenha tempo para cuidar da saúde enquanto há tempo. Isso porque depois do avançar de uma doença ele corre risco de morte, sem contar no tempo perdido com um tratamento que poderia ser evitado com a prevenção. A prática de consultar o médico apenas quando nos sentimos mal ou identificamos algum sintoma estranho deve ser abandonada. A prevenção é sempre o melhor remédio. Eu acredito que, assim como as mulheres devem frequentar seus ginecologistas frequentemente, os homens devem consultar seus urologistas regularmente, fazendo exames periódicos, que podem evitar doenças”.

Com informações da assessoria

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