Caprichoso conquista o bicampeonato do Festival de Parintins
Com o tema “O Brado do Povo Guerreiro”, o Boi Caprichoso faturou o bicampeonato do 56ª Festival Folclórico de Parintins. O bumbá Azul e Branco venceu por 1.259 pontos enquanto o Boi Garantido somou 1.258,8 pontos. Na pontuação geral, o Caprichoso venceu as noites de sexta-feira (30/06) e o domingo (02/07) e agora soma 25 títulos na história. apuração aconteceu nesta segunda-feira (03/07),em Parintins.
Durante os três dias de apresentação, foram feitas homenagens aos povos originários indígenas, além de reverenciar a história da cidade de Parintins.
“Esse troféu bonito é para vocês, nação Azul e Branca, que ficaram durante as noites até o final, pegando sol e muita chuva. A chuva de bênçãos que veio trazer a vitória do Boi Caprichoso, muito obrigado nação Azul e Branca que nunca abandona o seu boi”, disse o presidente do Caprichoso, Jender Lobato.
1ª noite
Na primeira noite, os pontos altos da apresentação foram a entrada da cunhã-poranga, Marciele Albuquerque, que evoluiu com a toada “Guerreira das Lutas”, a evolução da tribo coreografada com a participação do pajé Erick Beltrão ao som de “Yreruá – Festa do Guerreiro”, e a evolução do item com a toada “Maraka’yp”, que encerrou a apresentação.
2ª noite
A segunda noite teve mais quatro alegorias e módulos aéreos que trouxeram itens como cunhã-poranga e o boi-bumbá. O diretor de Arena do boi azulado, Edwan Oliveira, acredita que o Caprichoso está mostrando um trabalho de qualidade
3ª noite
Na arena, o Touro Negro defendeu a temática “Revolução: a consagração pelo saber popular”, terceiro ato que compõe o tema “O Brado do Povo Guerreiro”, defendido pelo bumbá azul e branco em 2023.
Nesta terceira parte, o brado do Caprichoso reclamou os “saberes e fazeres” dos povos da Amazônia expressos na cultura popular, bradando que, enquanto houver opressão, haverá resistência e que o saber popular deve ser usado como arma contra a intolerância, os racismos, os preconceitos e repressões de toda a sorte.