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Censo 2022: Mulheres são maioria no Amazonas

De acordo com o Censo Demográfico 2022 (segunda apuração), a população do Estado do Amazonas era, no período da pesquisa, de 3.941.613 pessoas, sendo 1.975.803 (50,1%) mulheres e 1.965.810 (49,9%) homens, o que representa um crescimento total de 13,1% entre 2010 e 2022.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na sexta-feira,27, os dados referentes a sexo, idade e desagregação geográfica, que integram a pesquisa do Censo de 2022, relativa a sexo e idade da população. As informações do Censo 2022 permitem acompanhar não só o crescimento e a distribuição geográfica da população, mas também a evolução dela ao longo do tempo. Cada etapa da pesquisa contribui para o planejamento e desenvolvimento de políticas e programas governamentais.

Destaques

  • Amazonas tem queda de 19,9% da população de 0 a 14 anos em pouco mais de 40 anos;
  • População de 15 a 64 anos e idosos acima de 65 anos, vem aumentando.
  • Careiro da Várzea é o município com o maior índice de envelhecimento. Japurá tem o menor.
  • Amazonas é o segundo Estado mais jovem do país, ou seja, com a maior proporção de pessoas de 0 a 14 anos.
  • Amazonas é o segundo Estado com a menor proporção de idosos do país.
  • Quantitativo de homens é 0,5% menor do que o de mulheres no Estado. A diferença é de quase 10 mil pessoas.
  • Canutama possui a maior proporção de homens. Já Manaus tem a menor. Na capital há 66.005 mulheres a mais que homens.

Metodologia aplicada

Na variável sexo foi priorizado o sexo biológico do morador (a), ao nascer. Já na variável relativa a idade, quando o informante não sabia a data de nascimento de todos os moradores, foi feita pergunta direta sobre a idade de cada pessoa.

Reduz o número de crianças no Amazonas.

As pirâmides populacionais são um instrumento clássico para se analisar a alteração da estrutura etária de uma população por idade, ao longo do tempo. A base da pirâmide representa as crianças, enquanto o seu topo é referente à população de idosos. O estreitamento da base da pirâmide e o alargamento do seu topo são fluxos que caracterizam uma população em envelhecimento e resultam da relação entre o processo de redução da fecundidade, mortalidade e variação do saldo migratório da população, ao longo dos anos.

No Amazonas, o grupo de crianças de 0 a 14 anos representava 47,2% da população em 1980 e 33,2% da população em 2010. De acordo com o Censo Demográfico 2022, este percentual foi de 27,3%, destacando o estreitamento da base da pirâmide etária estadual. Simultaneamente, o topo da pirâmide se alargou, como pode ser observado pela variação da participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 2,5% em 1980 e 4,0% em 2010, no total de homens e mulheres, passando a 5,9% em 2022.

Índice de envelhecimento

O índice de envelhecimento, para o Amazonas, alcançou um valor de 21,7. Isso indica que havia, em 2022, um quantitativo de 21,7 idosos para cada 100 crianças. O aumento do índice foi de 9,5 em relação ao censo de 2010.

O município com maior índice de envelhecimento, no Estado, foi em Careiro da Várzea (28,7), e o município de Japurá ficou com o menor índice (8,9%).

O índice de envelhecimento mostra a relação de idosos de 65 anos ou mais de idade em relação à população de 0 a 14 anos. Quanto maior o indicador, mais envelhecida é a população.

Para as Unidades da Federação, as alterações na estrutura etária entre os dois últimos Censos Demográficos refletem não só o processo de redução da fecundidade e da mortalidade, mas também o processo migratório interestadual.

Em 2022, os Estados mais jovens, ou seja, com a maior proporção de pessoas de 0 a 14 anos, eram Roraima, Amazonas e Amapá, com percentuais de 29,2%, 27,3% e 27,0%, respectivamente. São também esses Estados que apresentaram os menores percentuais de idosos de 65 anos ou mais de idade: Roraima (5,1%), Amapá (5,5%) e Amazonas (5,9%). No que se refere as maiores proporções de idosos, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, apresentam percentuais de população de 65 anos ou mais de idade de 14,1%, 13,1%, 12,4%, respectivamente.

População centenária

O Censo encontrou 731 amazonenses com 100 anos ou mais de idade. Manaus possui a maior quantidade (206), seguida de Borba (42), Itacoatiara (32), Parintins (31). Proporcionalmente, Borba possui a maior quantidade de pessoas centenárias com 0,13%; seguido de Nova Olinda do Norte (0,10%) e Urucurituba (0,9%).

Envelhecimento populacional aumenta em 7% na região Norte

Em 1980, a taxa de fecundidade total da Região Norte ainda se encontrava em patamares elevados, acima de seis filhos por mulher (enquanto a média do Brasil se mostrava em torno de quatro filhos por mulher). Embora a fecundidade nessa região também tenha se reduzido ao longo do tempo, o estreitamento da base da pirâmide será visto somente a partir de 1991. A população de 0 a 14 anos, que em 1980 representava 46,2% da população total, caiu para 25,2% em 2022 (e era 31,2% em 2010). Já a proporção de idosos com mais de 65 anos nessa população passou de 2,8% em 1980 para 4,6% em 2010 e, posteriormente, para 7,0% em 2022.

Variável Sexo

Amazonas tem 10 mil homens a menos que mulheres

O Amazonas tinha, de acordo com o Censo 99,5 homens para cada 100 mulheres. O Censo Demográfico 2022 (segunda apuração) contabilizou 1.975.803 (50,1%) mulheres e 1.965.810 (49,9%) homens. Quando esse indicador é maior do que 100, representa populações cujo volume de homens é superior ao de mulheres. Por outro lado, quando esse indicador é um valor inferior a 100, significa que o volume de homens é inferior ao de mulheres. Devido ao envelhecimento demográfico, é esperado que o número de homens seja gradualmente menor que o número total de mulheres, já que essas apresentam, na média, menor mortalidade durante todas as etapas da vida.

Canutama é o município amazonense com maior população masculina

Em relação à razão sexo, o Município Canutama (115,3), se destaca com a maior indicador relativo ao sexo no Estado, ou seja, aquele que tem proporcionalmente mais homens que mulheres. Em contrapartida, Manaus (93,8) é o Município com o menor valor para esse indicador, evidenciando a sobreposição da população feminina em relação à população masculina. Na capital, há 66.005 mulheres a mais do que homens.

uatro Estados da Amazônia Legal têm mais homens que mulheres

O Acre com 100,2 homens para cada 100 mulheres é o Estado onde a presença de ambos os sexos é quase equiparada. Os estados brasileiros onde o quantitativo de homens supera o de mulheres são: Mato Grosso (101,3 homens para cada 100 mulheres); Roraima (101,3 homens para cada 100 mulheres) e Tocantins (100,4 homens para cada 100 mulheres).

No Norte, 50,1% da população são de mulheres e 49,9% são homens. Essa diferença é a menor entre todas as grandes regiões brasileiras. A região com maior quantidade de mulheres é a Sudeste (51,8% de mulheres e 48,2% de homens), seguida da região Nordeste (51,7% de mulheres e 48,3% de homens), depois da região Sul (51,3% de mulheres e 48,7% de homens), da Centro-Oeste (50,8% de mulheres e 49,2% de homens); e por fim da região Norte (50,1%) das mulheres e (49,9%) de homens.

A pesquisa mostrou ainda que o percentual de homens é maior em Estados de 5.000 até 20.000 habitantes.

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