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Cura Amazônia: festival encerra atividades com 10 mil pessoas impactadas por obras

Ao todo, foram 790 metros quadrados de área pintada, oito atrações musicais e 15 horas de programação paralela

        A primeira edição do Circuito Urbano de Arte (CURA), no Amazonas – batizado de CURA AMAZÔNIA – encerrou suas atividades, no último sábado (12/08), com uma vasta programação ocorrida simultaneamente no Largo São Sebastião e no Centro Cultural Casarão de Ideias (CCCI), e que contou música, mesas redondas e empreendedorismo. Iniciado no dia 2 de agosto, em Manaus, o festival que já existe há 7 anos em Belo Horizonte (MG), impactou 10 mil pessoas por meio da promoção de arte e cultura.

        De acordo com a organização do CURA, ao longo dos dez dias de programação, foram 790 metros quadrados de área pintada, sendo duas obras em empenas entregues: uma do artista Denilson Baniwa (empena do edifício Cidade Manaus) e a outra da artista peruana Olinda Silvano (empena do edifício Rio Madeira). Além disso, foi apresentada, na fachada do Teatro Amazonas, a instalação urbana “Entidades”, do artista roraimense e ativista indígena Jaider Esbell, falecido em 2021.

        Ainda de acordo com a organização do festival, 40 pessoas foram contratadas de forma direta (produção, comunicação e pintura), sendo 75% profissionais de Manaus e os demais de Belo Horizonte e outras regiões. De acordo com Juliana Flores, diretora artística do CURA, já existe um interesse da realização de outras edições do evento, na capital do Estado. “Estamos apaixonados por Manaus. Querendo muito fincar os pés aqui e ter outras edições do CURA AMAZÔNIA. Ficamos muito felizes com a acolhida da cena de arte urbana, que nos recebeu tão bem e que faz parte da nossa equipe”, comenta ela, que divide a organização do festival com Jana Macruz e Priscila Amoni.

        Juliana ressalta o legado deixado pelo festival, além dos debates, são as obras de arte nas empenas dos prédios. “O Denilson (Baniwa) está muito feliz de ter sua primeira empena em Manaus, a cidade em que ele se desenvolveu enquanto artista, onde estudou e desenvolveu sua arte. E Olinda (Silvano) com esse mural dela gigante. A gente sente que o CURA cumpriu seu papel não só com uma coleção bonita, de grande relevância artística, mas de levar uma reflexão que essas obras dialogam com as questões do nosso tempo”, diz ela.

        A diretora artística do festival reforça, ainda, que o CURA “conseguiu plantar uma sementinha de fomento da cena de arte urbana”. “Conseguimos fazer com que o poder público olhasse mais o grafite. Muitas vezes, a cena é estigmatizada, mas quando a obra aparece, né, todo mundo gosta, aprecia. Percebemos que estamos deixando um legado para que haja essa articulação e para que façam acontecer ainda mais arte urbana, arte pública. Estamos muito felizes de ter feito história em Manaus ao lado de pessoas da cidade. Então, o CURA é festa, mas não somente festa. É arte, mas não somente arte. Ele é provocador, engajado, quer discutir a ocupação do espaço público, o direito à cidade, o direito à vida. Esperamos voltar em 2024 com uma edição muito maior”, finaliza Juliana.

        Durante os três dias de programação paralela, que iniciou no dia 10 e finalizou no dia 12 de agosto, foram 15 horas de atividades, com oito atrações musicais locais, 15 expositores criativos, três rodas de conversa com 14 convidados – dentre pesquisadores, artistas, ativistas, representantes do poder público e de festivais de arte urbana – impactando mais de 1.500 pessoas de forma direta.

CURA AMAZÔNIA é uma realização da Agência Urbana de Arte (AGUA), com patrocínio da 3M, apoio da Tintas Coral, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC), Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Centro Cultural Casarão de Ideias (CCCI), Centro de Atenção à Saúde e Segurança no Trabalho (CASST) e Associação Intercultural de Hip Hop Urbanos da Amazônia (AIHHUAM), além da produção local do coletivo Graffiti Queens e incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Com informações da assessoria

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