Política

Deputado busca alternativas para conectar o interior à cadeia de produção do AM

Durante visitas aos municípios do interior do Amazonas, o deputado estadual Rozenha (PMB), presidente da Comissão de Empreendedorismo, Comércio Exterior e Mercosul da Assembleia Legislativa, percebeu a crescente crise de geração de emprego e renda. E, em Manicoré, não é diferente.

O parlamentar acompanhado do gestor do CBA – Centro de Biotecnologia da Amazônia, Fábio Calderaro, e do secretário de Agricultura, Produção e Abastecimento de Manicoré, Luciano Melo, visitaram uma cooperativa de beneficiamento da castanha que está desativada. O local encerrou as atividades há quase cinco anos e cerca de 100 pessoas ficaram desempregadas. O município, que já foi um dos principais centros da cultura de melancia e banana, hoje é um dos exemplos de cidades que sobrevivem às custas dos cofres da prefeitura.

Rozenha explica que o desemprego é um dos resultados da falta de investimentos públicos. “O interior vive mergulhado em sua mais profunda crise de geração de emprego e renda. Cada ano que passa, as prefeituras dominam a matriz geradora de emprego. Isso é péssimo porque pressiona muito a capacidade de investimento. Muitas vezes, falta dinheiro para a educação, para a saúde, para pagar salários e, assim, cria-se um ciclo vicioso que empobrece cada dia mais as cidades do interior”, lamentou o deputado na tribuna.

Outro exemplo citado pelo parlamentar foi a cultura de cacau na região de Verdum, no Vale do Madeira, também em Manicoré. “Descobri que os agricultores de cacau, de altíssima qualidade, não têm acesso à tecnologia nem apoio e, por isso, estão com suas atividades limitadas”.

Bioempreendedorismo

Rozenha acredita que é possível conectar o interior à cadeia produtiva do estado. Ele explica que a Zona Franca só contribui para o desenvolvimento da capital. Portanto, a saída econômica para a população interiorana está na exploração consciente dos recursos da floresta. “Em algum momento, essa escala de produção precisa passar pelo interior. Eu acredito que, com o bioempreendedorismo, com o uso efetivo da riqueza do interior, isso é possível. O encadeamento produtivo é, sem dúvida, a solução para o emprego no interior”, concluiu.

O gestor do CBA, Fábio Calderaro, diz que é preciso dinamizar a atividade produtiva do interior por meio do encadeamento produtivo, tendo o setor secundário como motor: “Empresas de alimentos funcionais, cosméticos, fitoterápicos e outras atividades da bioeconomia, com alcance de mercados mais sofisticados, poderão gerar demanda de maior valor adicionado para agroindústrias e produtores agroflorestais no interior, adensando as cadeias produtivas endógenas, com efeitos positivos na geração de emprego e renda para os Amazonenses.” afirma Calderaro.

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