Política

Em Borba, Simão Peixoto recebe apoio da população e reassume mandato de prefeito

Os moradores de Borba (a 150 quilômetros de Manaus) saíram às ruas nesta sexta-feira (08/09) para recepcionar o prefeito do Município, Simão Peixoto. Com faixas, cartazes e louvores em “paredões”, uma multidão se aglomerou em frente ao porto da cidade para desejar boas-vindas ao gestor borbense.  

Depois da passeata pelas ruas da cidade, os moradores realizaram um culto em Ação de Graças, no Centro de Convenções, para agradecer o retorno de Simão Peixoto ao Executivo Municipal Borbense. No local, Simão pediu desculpas pelos atos falhos cometidos contra adversários.

Em seguida, acompanhado dos filhos e da esposa, ele seguiu para a Câmara Municipal de Borba, cujo Plenário Wilson Maués estava lotado. Simão reassumiu o mandato hoje após a Justiça Federal, por meio do Tribunal Regional Federal (TRF1), determinar o retorno imediato dele ao comando do Executivo Municipal. Ele estava afastado do cargo desde o dia 23 de maio, após pedido do Ministério Público do Amazonas (MP-AM).  

O presidente da Casa Legislativa,vereador Miguel Silva, deu cumprimento a ordem judicial expedida pela desembargadora Maria do Carmo Cardoso, da 2ª Sessão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), para recondução imediata do gestor ao Executivo Municipal. 

“Quero agradecer a Deus e aos amigos e amigas de Borba pelo apoio. É uma honra, um prazer estar aqui mais uma vez na qualidade de gestor, retomando o mandato. O Poder Executivo estará ainda mais alinhado, afinado com o Poder Legislativo para a gente trabalhar por todos. O prefeito, assim como os secretários, a gente faz os projetos de leis, os orçamentos. Mas somente depois da aprovação da Câmara, eles (projetos) se tornam benefícios para a população”, disse o prefeito.

Simão pediu desculpas por comportamentos passados.  “Peço perdão daqueles que porventura eu possa ter magoado. Sou muito humilde e uma pessoa renovada. Muitas vezes a gente comete erros sem pensar. Mas é importante que você não permaneça nos erros. Quero dizer a todos, que, hoje, com certeza sou uma pessoa melhor do que eu era antes, uma pessoa renovada, uma pessoa mais madura, tranquila, equilibrada. Capaz de gerir Borba com mais transparência”, completou Simão.

Auditoria

O prefeito de Borba, Simão Peixoto,anunciou que vai instalar uma auditoria para fiscalizar as contas da prefeitura no período em que esteve afastado em cumprimento a decisão judicial. Ele deixou o cargo no dia 23 de maio e retomou nesta sexta-feira (08). “Quero deixar registrado em ata que vou fazer uma auditoria nas contas da Prefeitura para descobrir, onde está o dinheiro que eu deixei. Quero saber porque o dinheiro não está circulando no município. Muitos comerciantes estão reclamando. Assim que terminar essa auditoria nós vamos publicar nos jornais e também encaminhar para essa Augusta Casa para que os senhores possam ter conhecimento e nós tomarmos as medidas cabíveis”, anunciou Peixoto. 

O presidente da Câmara Municipal de Borba, vereador Miguel Silva, desejou ao prefeito Simão uma gestão profícua.”“Eu vi nas suas falas no Centro de Convenções que você é um homem arrependido. Desejo ao senhor um novo recomeço. Que seja um recomeço voltado para a responsabilidade fiscal, que seja próspero, auspicioso. Desejo do fundo do meu coração o mais absoluto sucesso e que haja uma integração estreita e profícua entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo”, disse o presidente.

Decisão

Na última quarta-feira (06/09), o TRF1 determinou que Simão Peixoto reassumisse imediatamente o comando da Prefeitura de Borba. A decisão foi proferida pela 2ª Seção do TRF1 ao julgar agravo interno interposto pelo prefeito Simão Peixoto contra a decisão que havia determinado o seu afastamento.

No dia 7 de julho deste ano, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deferiu liminar determinando que fosse remetido ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) o processo da Operação Garrote, cuja origem da investigação ocorreu por ação do Ministério Público do Amazonas. A medida se deu após o Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) reconhecer a incompetência da Justiça estadual e ordenar o envio do processo à Justiça Federal.

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