Excesso de bebida alcoólica no fim do ano pode prejudicar saúde dos rins
No Réveillon é comum as pessoas ficarem mais animadas com a festividade e exagerarem no consumo de bebida alcoólica, principalmente, na ingestão de champagne, vinho e cerveja. No entanto, o excesso no consumo de álcool pode trazer diversos problemas para a saúde: como comprometer o fígado e prejudicar a função dos rins. O alerta é do urologista Flávio Antunes.
“Não é apenas a baixa ingestão de água nesse período que pode acarretar problemas renais. As pessoas exageram no consumo de álcool e acham que não terão problema porque se trata apenas de algumas festividades no fim do ano. Só que pessoas com tendência à insuficiência renal devem ter ainda mais prudência quando o assunto é o consumo de bebidas alcoólicas. Quem elimina o excesso dessas substâncias em nosso corpo são os rins. E quando esses órgãos estão com o funcionamento comprometido, sentimos as consequências. No fim do ano é comum o consumo de espumantes e cervejas: os dois vilões do alto índice de potássio”, destacou.
Dose de álcool para cada bebida é diferente
Uma pessoa pode achar que 200 mL de cerveja e 200 mL de vinho sejam equivalentes, ambos uma dose, mas isso é um equívoco, pois a quantidade de álcool presente nessas duas bebidas é diferente. A dose padrão de álcool leva em consideração a quantidade de álcool puro (etanol) presente em cada bebida.
Assim, uma lata de 350 mL é equivalente a uma taça de 150 mL de vinho, que é, por sua vez, equivalente a 40 mL de destilados. A maioria das pessoas começa os festejos no início do mês de dezembro e não para de beber durante as inúmeras confraternizações. Os rins sentem o “peso” do excesso no consumo do álcool e dão sinais de alerta.
“O álcool leva toxinas e componentes agressivos para os rins e fígado, pode causar hipertensão e evoluir para um problema renal. As bebidas fazem com que os rins se tornem menos capazes de filtrar o sangue, além de afetar sua capacidade de manter a quantidade certa de água no corpo. O álcool também inibe o hormônio antidiurético, que regula a quantidade de água excretada, aumentando a diurese’, destacou.
Entre os sinais de problemas nos rins estão sensação de boca seca, fraqueza, cansaço e dor de cabeça. Passar seis horas ou mais sem urinar também é sintoma de desidratação. Outros aspectos, esses mais críticos, são olhos fundos e diminuição da elasticidade da pele.
A maneira como cada um conta o quanto bebe varia bastante. A maioria dos brasileiros que bebe de forma abusiva acredita ser um consumidor moderado. Flávio Antunes também chama atenção para o ato de segurar a urina por muito tempo, pois quando a capacidade de armazenamento da bexiga atinge um certo volume, o organismo cria alertas ao sistema nervoso.
“Segurar o xixi por muito tempo aumenta suas chances de sofrer de infecções urinárias, pois a urina ajuda a limpar a uretra, onde bactérias ficam acumuladas. Quando você adia demais suas idas ao banheiro pode então acabar atrapalhando a higienização natural do corpo”.
Com informações da assessoria