Filha de Amazonino diz que pai falou que acreditava no futuro do Amazonas
A filha do ex-governador Amazonino Mendes, Lívia Prado, disse, nesta quinta-feira, no funeral do pai, que antes da morte, ele reuniu a família afirmando que acreditava no futuro do Brasil e que sabia que era amado pela população do Amazonas.
“A gente perde um pai, mas a gente sabe da importância dele para o Estado do Amazonas, inclusive nesses últimos dois meses, da forma como foi, porque ele sempre lutou por vários (momentos). Ele sempre teve muitas comorbidades, mas ele sempre conseguiu ganhar no final, mas dessa vez não deu. O organismo dele estava rejeitando qualquer antibiótico,e a gente sabia e ele estava preparado para isso”, disse.
Lívia, que é ex-secretária municipal de Cultura de Manaus, cantora, compositora e produtora cultural, disse que Amazonino reuniu a a família inteira e conversou muito. “Ele tem esperança no futuro. Ele acha que o Brasil tem jeito, que o Amazonas vai continuar evoluindo. Deixou sempre coisas boas para nós. E você sabe que a nossa família não é política. Política se encerra com ele. Mas o nosso espírito de abraçar o nosso estado, é claro, vem dele. Abraçar a todos que queiram fazer com que a gente consiga extrair o melhor de todos nós”, disse.
Lívia Prado relembrou que a morte do pai foi de forma serena. “Ele estava tranquilo, dormindo. Tive a oportunidade de vê-lo alguns poucos instantes dele falecer e a última frase que eu disse para ele era que ele era muito amado”, informou, emocionada.
Mais cedo, ao chegar ao velório, o filho mais velho de Amazonino, o empresário Armando Mendes, ao ser questionado se poderia citar um legado deixado pelo pai, responde que o legado do ex-governador é contínuo. “Não dá para escolher um. É a própria vida dele. Não tem como escolher um legado”, afirmou.
Durante a cerimônia fúnebre, realizada por volta das 14h, onde somente familiares, amigos e autoridades participaram, houve uma apresentação da Orquestra Filarmônica do Amazonas, que tocou canções de artistas internacionais.
A orquestra é um dos legados de Amazonino deixado no setor cultural.Foi criada em 1997, durante seu segundo mandato como governador.
O momento de maior emoção foi quando os artistas executaram a obra Carinhoso, de composição de Pixinguinha, que era uma das prediletas de Amazonino, e que ele sempre pedia para ser executada quando participava das apresentações da filarmônica.
Com informações do 18 Horas.