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Filha era explorada sexualmente pela própria mãe desde os seis anos de idade

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), deflagrou, na quinta-feira (18/05), a Operação Medéia, que integra a Operação Caminhos Seguro, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e resultou na prisão de uma mulher, 37, pelos crimes de exploração sexual e estupro de vulnerável contra a sua filha, que atualmente tem 15 anos, mas era abusada desde os 06 anos.

De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da unidade especializada, a operação teve intuito de cumprir dois mandados de prisão contra a mulher, e também de um estrangeiro, que está foragido. A mãe explorava sexualmente a filha em troca de dinheiro, presentes, além de outros bens materiais.

“O caso trata-se de uma exploração de comércio onde há uma troca da parte de quem oferece e da pessoa que comete o delito. Além da mãe da vítima, outros membros da família também tiravam vantagem da situação”, informou Joyce.

Conforme a delegada, a vítima tentou informar diversas vezes a sua família paterna, mas como em outros casos, não foi dada atenção necessária. Segundo a titular da Depca, é muito comum pensarem que o que está sendo dito pela vítima não seja verdade, tanto é que neste caso, a adolescente precisou gravar o momento do crime.

Durante a ação policial na casa da infratora, no bairro Colônia Terra Nova, zona norte de Manaus, foram apreendidos aparelhos celulares, notebooks, computadores, além de objetos de cunho sexual que eram usados nos atos libidinosos.

Investigação

O homem que abusou da menina possui uma pousada no município de Novo Airão (a 115 quilômetros de Manaus). As investigações seguirão para averiguar se o local era usado para o comércio de vítimas de exploração sexual.

“Acreditamos que além dessa vítima, possam existir outras, bem como outros autores. Vamos averiguar todo o material apreendido”, disse Joyce Coelho.

A mulher foi presa preventivamente por exploração sexual, e passará por audiência de custódia, onde permanecerá à disposição da Justiça.

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