Fumaça: Qualidade do ar em Manaus amanhece ‘ruim’ nesta sexta-feira (27/10)
A qualidade do ar em Manaus na manhã desta sexta-feira (27/10) foi apontada como ruim pelo AppSelva, que faz o monitoramento da poluição do ar em superfície. O cheiro de fumaça tomou conta da maior parte da cidade, após a pausa nas chuvas e a volta das queimadas na Região Metropolitana da cidade. As informações são do 18 Horas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece limites de segurança para a qualidade do ar. Com base no conhecimento científico alcançado nas últimas décadas, a OMS estabeleceu novos limites de exposição segura para os seres humanos para seis tipos de poluentes: as partículas em suspensão de menos de 2,5 micrômetros de diâmetro (PM₂,₅), as partículas de menos de 10 micrômetros (PM₁₀), o ozônio (O₃), o dióxido de nitrogênio (NO₂), o dióxido de enxofre (SO₂) e o monóxido de carbono (CO).
As partículas podem entrar nos pulmões e até mesmo chegar à corrente sanguínea, causando doenças cardiovasculares e respiratórias. E são atualmente o poluente atmosférico que mais causa efeitos negativos para a saúde no mundo.
Os padrões de segurança estabelecidos pela OMS não são uma obrigatoriedade legal. Cada país decide se fixa limites para cada poluente e se adota os mesmos definidos pela organização.
A OMS considera que existe uma dupla velocidade evidente no planeta. Nos países desenvolvidos, “a qualidade do ar tem melhorado de forma gradual”, o que não significa que não continuem sendo ultrapassados os limites de segurança de certos poluentes, como as partículas finas. Em contraste, na maioria dos países de baixa e média renda, “a qualidade do ar tem se deteriorado devido à urbanização em larga escala e a um desenvolvimento econômico baseado, em grande medida, na combustão ineficiente de combustíveis fósseis, como o carvão, além da indústria e do uso ineficiente de combustíveis residenciais”.
Além das mortes, a OMS considera que a ciência identificou bem os efeitos da poluição nas crianças, que podem sofrer, devido a esse problema, “uma redução do crescimento e das funções pulmonares, infecções respiratórias e agravamento da asma”. Nos adultos, “a cardiopatia isquêmica e os acidentes vasculares cerebrais são as causas mais comuns de morte prematura atribuível à poluição do ar, e também estão surgindo evidências de outros efeitos, como diabetes e doenças neurodegenerativas”. Por isso, a morbidade atribuível à poluição do ar está “no mesmo nível de outros riscos sérios para a saúde em nível mundial, como a dieta insalubre e o tabagismo”.