FVS fortalece produção de planos municipais de ação na 2ª edição da Oficina de Eliminação da Malária
Como parte integrante do Plano Estadual de Eliminação da Malária, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado e Saúde do Amazonas (SES-AM), realiza, de 15 a 17 de agosto, a Segunda Oficina de Eliminação da Malária no estado. A ação ocorre em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
O evento ocorre no Centro de Convenções do Amazonas – Vasco Vasques, em Manaus, e tem o objetivo de reunir especialistas e técnicos, responsáveis pelo combate à malária nos municípios do interior do estado e dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI’S), para fortalecer as equipes municipais para a produção dos planos municipais de ação a partir do diagnóstico e tratamento precoce.
Nesta segunda edição da oficina, participaram profissionais de saúde de 23 municípios do interior do estado. Além disso, estiveram presentes a oficial nacional de malária e doenças negligenciadas da Opas, Sheila Rodovalho, e o infectologista da Fundação de Medicina Tropical – Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz – Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), Marcus Lacerda.
De acordo com a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, a ação de eliminação da malária no Amazonas ocorre de forma integrada. “O fortalecimento das equipes municipais é mais uma ação da fundação como parte do Plano Estadual de Eliminação da Malária no Amazonas. Enfatizamos a importância da integração da vigilância com a atenção primária para combater a doença”, destaca.
Municípios participantes
Nesta segunda edição estiveram representados os seguintes municípios: Amaturá, Alvarães, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Barcelos, Boa Vista do Ramos, Barreirinha, Fonte Boa, Japurá, Juruá, Jutaí, Maraã, Maués, Nhamundá, Parintins, São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Iça, Tonantins, Tabatinga, Tefé e Uarini.
Esses municípios respectivamente integram as regionais do Alto Rio Negro, Alto Solimões, Triângulo e Baixo Amazonas. Esses territórios também contemplam os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI’s) Alto Rio Negro Yanomami, Vale do Javari, Parintins, Alto Rio Solimões e do Médio Rio Solimões a Afluentes.
O coordenador de Eliminação da Malária da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, destaca que o Brasil tem como meta zerar os casos da doença no país.
“Para conseguirmos atingir esse objetivo, precisamos da ajuda dos municípios para que eles possam se planejar e organizar junto com o estado e executarem as estratégias de maneira efetiva. Não adianta o Ministério da Saúde pensar em um plano sem levar em consideração as características locais dos municípios”, disse.
O gerente em vigilância em saúde do município de Fonte Boa (a 678 quilômetros de Manaus), Humberto Assis, explicou a importância do compartilhamento do conhecimento por meio da oficina.
“Apesar do nosso município ser de baixa parasitemia (presença de parasitas, especialmente de malária), temos que manter a vigilância presente, porque não é difícil controlar a malária, mas é difícil manter em baixa parasitemia e erradicar como estamos lutando. Nós temos calhas muito distantes e são muitos desafios que enfrentamos, mas temos conseguido fazer o nosso trabalho”, enfatiza.
Plano Estadual
A FVS-RCP lançou, no dia 31 de maio, o Plano Estadual de Eliminação de Malária com diretrizes para controle da doença, visando a eliminação dela até 2035, conforme meta acordada nacional junto ao Ministério da Saúde.
A estratégia possui quatro fases: a primeira é a de Preparação, que lança o trabalho e busca a redução de casos; a segunda é a de Consolidação, que propõe cumprir a meta de reduzir o índice da doença até 2030; a terceira fase é a de Eliminação, visando manter o estado sem óbitos e sem transmissão; por fim, a quarta fase, é a de Prevenção, que é manter o Amazonas livre da malária até 2035.
FOTOS: Arthur Castro/ Secom