Magnata dono da Jaguar deixou herança de R$ 673 mi para cachorro
Testamento também cita funcionários e a sua fundação filantrópica, a maior beneficiária da fortuna; irmãos ficarão com pequena fatia
O magnata indiano Ratan Tata, líder do grupo Tata, dono de marcas de luxo como Jaguar e Land Rover, morreu aos 86 anos no dia 9 de outubro, deixando uma herança avaliada em R$ 673 milhões. A surpresa está no destinatário da quantia milionária: o seu cão, o pastor alemão Tito.
O milionário, que não casou e nem teve filhos, determinou que o cachorro tenha direito a “gastos ilimitados” para garantir o seu conforto e os cuidados necessários até o fim de sua vida. As informações são do jornal The Times of India.
Além do animal de estimação, o magnata indiano deixou parte da fortuna para o cozinheiro de longa data, Rajan Shaw, e o seu mordomo, Konar Subbiah. Shaw deve ficar responsável pelos cuidados de Tito.
A maior parte da herança milionária, porém, será destinada a Ratan Tata Foundation, fundação filantrópica criada por ele em 2022.
Os irmãos do magnata indiano, que em tese seriam os maiores beneficiários da fortuna deixada por ele, foram citados no testamento, mas terão direito apenas a uma pequena fatia da fortuna construída por Ratan.
Os Tatas fizeram sua fortuna no comércio de ópio com a China no século XIX e em fábricas de tecidos. Quando o pai de Ratan, Naval Tata, se tornou vice-presidente do negócio da família, o Grupo Tata já estava consolidado em diversas empresas de produção e comércio.
Ratan e seu irmão mais novo, Jimmy, foram criados e adotados por sua rica avó paterna após a separação dos pais, quando ainda eram crianças. O magnata cresceu em um edifício de estilo barroco, conhecido como Tata Palace, em Mumbai, com uma equipe de 50 funcionários, e ia para a escola de Rolls-Royce.
Na adolescência, foi estudar nos EUA, onde permaneceu até ser chamado pela sua avó novamente à Índia para tocar o negócio da família.
Ele começou em 1962 na TISCO, hoje conhecida como Tata, alojando-se em uma acomodação para aprendizes e trabalhando no chão de fábrica, perto dos altos fornos.