Mapotecas doadas à Ufam terão acervo digitalizado para acesso ao público
A partir de um termo de doação entre a Prefeitura de Manaus e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), projetos arquitetônicos do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) devem compor, em 2023, um acervo digital e disponível ao público em um site, após a catalogação de todo o material.
As plantas físicas em papel, pranchetas, e mapas urbanos e arquitetônicos de Manaus passam a ter guarda e cuidados do Núcleo Arquitetura Moderna na Amazônia (Nama), a partir do termo de doação 001/2022, assinado entre a instituição de ensino e o Implurb.
São três mapotecas doadas, constituídas de documentos em papel do período das décadas de 1980, 1990 e início dos anos 2000, uma época anterior à computação gráfica. O material é composto de projetos feitos em pranchetas em papel vegetal, papel manteiga e plantas técnicas.
“São projetos realizados ou não de maternidade, escolas, sede da Prefeitura de Manaus, postos de saúde, parques, praças e intervenções viárias. Com a catalogação, teremos a relação completa de tudo e pretendemos digitalizar todo esse acervo”, explicou o coordenador do Grupo de Pesquisa Arquitetura Moderna na Amazônia (Grupo Ama), arquiteto Marcos Cereto, da Faculdade de Tecnologia.
Conforme primeira verificação do material recebido do arquivo do Implurb, entre os projetos está um antigo do calçadão da Ponta Negra, realizado no final da década de 1990, pelo arquiteto Severiano Porto.
“Vamos iniciar a catalogação semana que vem com um grupo de estudantes do curso de arquitetura e urbanismo”, completou Cereto.
“Com a doação, o acervo terá a guarda como merece, além de um destino que vai incluir a catalogação dos projetos e sua digitalização para que fique à disposição não só de professores, estudantes e pesquisadores, mas também de quem desejar conhecer mais das obras urbanas de Manaus”, explicou o vice-presidente do Implurb, arquiteto e urbanista Claudemir Andrade.
O material receberá limpeza e conservação pela Ufam/Nama, catalogação, digitalização e possíveis ações envolvendo exposições e similares, representando significado inestimável para a arquitetura e urbanismo amazonenses.
As plantas e projetos das mapotecas compõem a história do planejamento urbanístico da capital amazonense, da época da extinta Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Semdurb), que deixou de existir em 2006, dando lugar ao Implurb.
“A universidade pública tem um papel fundamental nesta permanência documental. Além da guarda, documentação e difusão da arquitetura na Amazônia, o Nama capacita futuros profissionais para atuarem em arquivos do tipo”, informou o também professor da Ufam.
Com informações da assessoria