Mulher presa com professor por integrar rede de violência sexual, começou a se relacionar com ele aos 13 anos
A Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) e do Departamento de Polícia do Interior (DPI), apresentou, nesta terça-feira (19), o balanço parcial da Operação Hagnos. Entre os presos, estão um professor de inglês e a ex-companheira dele, de 51 e 24 anos, respectivamente, suspeitos de integrar uma rede de violência sexual, a qual teria feito cerca de cinco vítimas, de idades entre 12 e 13 anos.
Conforme a delegada Juliana Tuma, titular da Depca, no Dia D da Operação Hagnos, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva em nome de um professor de inglês e a ex-companheira dele, de 51 e 24 anos, respectivamente, suspeitos de integrar uma rede de violência sexual. Cerca de cinco adolescentes, de idades entre 12 e 13 anos, teriam sido vítimas dos autores.
“As investigações iniciaram em março deste ano, quando chegou ao conhecimento da delegacia que uma adolescente teria fugido de casa para se relacionar com o homem. Descobrimos que ela seria aluna dele, bem como que o modus operandi dele consistia em aliciar as suas alunas”, contou a delegada.
Segundo a delegada, a equipe de investigação teve acesso ao celular da adolescente, com a permissão dela, e a partir disso, foram descobertas outras vítimas.
“O homem as atraía para sua residência, onde os abusos sexuais eram praticados, com a participação da ex-companheira dele. O autor registrava os atos com as adolescentes, e depois que elas se recusavam a continuar mantendo relações, ele usava as imagens para ameaçá-las e persegui-las”, explicou a autoridade policial.
De acordo com a delegada, durante a ação policial, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do professor, onde foram apreendidos aparelhos eletrônicos, com alta probabilidade de ter material pornográfico de crianças e adolescentes.
“Já peticionamos junto à Justiça Estadual quanto à quebra de sigilo dos eletrônicos, para que possamos encaminhá-los para a perícia e extrair os dados que estão possivelmente armazenados. Todavia, já temos materialidade em relação a produção de material pornográfico dos suspeitos, trazidos pelos aparelhos das vítimas, onde constam as ameaças de divulgação das imagens, por meio de mensagens enviadas pelos autores”, citou a delegada.
A delegada mencionou, ainda, que a ex-companheira do professor, inclusive, teria começado a se relacionar com ele quando tinha 13 anos. Ela passou a ser cooptada pelo indivíduo, primeiro como vítima, e depois, passou a ser autora.
“A mulher, inclusive, demorou a se sentir vítima do professor, por isso nunca houve um registro de denúncia contra ele. Em depoimento, ela alegou que era o homem quem levava às adolescentes para a rede de violência sexual, e por se sentir compelida a agrada-lo, participava dos atos criminosos”, disse a delegada.
A dupla responderá pelos crimes de estupro de vulnerável, ameaça, favorecimento a prostituição e produção, armazenamento e divulgação de imagens de pornografia infantojuvenil.