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Município com maior percentual pessoas pardas está no Amazonas

 Conforme o Censo 2022, das 3.941.613 pessoas residentes no Amazonas, 68,79% ou 2.711.618 de pessoas são da cor parda; 18,39% ou 725.007 de pessoas são da cor branca; 7,74% ou 305.243 de pessoas são indígenas; 4,91% ou 193.667 de pessoas são da cor preta e 0,15% ou 5.963 de pessoas são da cor amarela. O resultado, coloca o Estado na segunda maior proporção de população pardas do país, atrás apenas do Pará com 69,87%.

O município amazonense de Boa Vista do Ramos foi identificado pelo Censo 2002, na temática Cor ou Raça, como o de maior percentual de pessoas pardas do país (92,7%). Em seguida vieram os municípios de São João da Ponta (PA) e Tracuateua (PA), ambos com 87,4% de pessoas pardas. Já os municípios com maior quantidade de pessoas da cor parda foram São Paulo (3.820.326 pessoas), Rio de Janeiro (2.403.895 pessoas) e Fortaleza (1.456.901 pessoas).

 Na capital do Estado, Manaus, segundo a pesquisa realizada por Cor ou Raça, foram contadas 2.063.689 pessoas, sendo 1.435.484 da cor parda (69,56%); 489.674 da cor branca (23,73%); 115.141 pessoas da cor preta (5,58%); 18.854 pessoas indígenas (0,91%) e 4.463 pessoas da cor amarela (0,22%).

 Entre os Censos de 2010 e 2022 a população do Amazonas passou de 3.483.985 para 3.941.613 pessoas residentes, tendo um crescimento de 13,1%. O aumentou superou inclusive o nacional (6,5%) pontos percentuais.

Dois municípios amazonenses têm maiores percentuais de pardos e indígenas

A pesquisa do Censo 2022, na temática Cor ou Raça, mostra que dois municípios amazonenses se destacam. O primeiro é Boa Vista do Ramos que tem 92,68% de pardos em sua população e o segundo é São Gabriel da Cachoeira que tem 88,66% de indígenas entre sua população residente.

No ranking percentual entre os municípios do Amazonas, os cinco primeiros que se destacaram com quantitativo de pessoas da cor parda foram Boa Vista do Ramos (92,68% da população); Urucará (86,21%); Nhamundá (86,20%); Caapiranga (84,98%) e Urucurituba (83,70%). A presença de indígenas teve maior quantidade identificada nos municípios de São Gabriel da Cachoeira (88,66%); Santa Isabel do Rio Negro (84,83%); São Paulo de Olivença (60,33%); Amaturá (56,67%) e Barcelos (52,39%). Pessoas da cor branca tiveram maior percentual nos municípios de Apuí (26,08%); Envira (25,57%); Manaus (23,73%); Boca do Acre (22,88%) e Guajará (22,02%). O maior quantitativo de pessoas de cor preta foi identificado nos municípios de Juruá (8,78%); Apuí (8,59%); Barreirinha (8,39%); Eirunepé (7,38%) e Rio Preto da Eva (6,87%). Já o maior percentual de pessoas da cor amarela foi localizado ,pela pesquisa, nos municípios de Apuí (0,34%); Urucurituba (0,28%); Manaus (0,22%); Iranduba (0,20%) e Careiro (0,17%).

Em 12 anos apenas a população indígena e preta tem crescimento no Amazonas

Entre os anos de 2010 e 2022 a população indígena, no Amazonas, que era de 4,84% foi para 7,74% da população total do Estado. Já a população de pessoas da cor preta, passou de 4,13% para 4,91%. Houve redução de pessoas da cor branca, de 21,24% para 18,39%; de pessoas pardas de 68,88% para 68,79% e de pessoas da cor amarela de 0,91%, em 2010, para 0,15%,em 2022.

Indígenas e pardos têm menor índice de envelhecimento no Estado

O índice de envelhecimento pode ser construído com diferentes recortes etários. Para fins da análise atual foi representado pelo número de pessoas com 60 anos ou mais de idade em relação a um grupo de 100 pessoas, de até 14 anos de idade. Portanto, quanto maior o valor do indicador, mais envelhecida é a população.

O índice de envelhecimento da Cor e Raça, de 2022, mostrou que as populações mais envelhecidas ,no Amazonas, são as de cor amarela (índice de envelhecimento de 100,64 e idade mediana de 36 anos) e da cor preta (índice 80 e idade mediana de 35 anos). Já as mais jovens são os indígenas (índice de 17,38 e idade mediana de 20 anos) e as pessoas de cor parda (índice de 32,82 e idade mediana de 27 anos). Os brancos ficaram na faixa mediana com índice de envelhecimento de 36,47 e idade mediana de 27 anos.

Em Manaus, o índice de envelhecimento ficou mais alto entre as pessoas de cor amarela (111,8) e entre os pretos (82,8). O mais baixo índice de envelhecimento da capital ficou entre as pessoas de cor parda (39,5).

Amazonas: mais homens do que mulheres entre pretos e indígenas

Quando a razão de sexo é superior a 100 significa que neste grupo existem mais homens do que mulheres. Quando for inferior a 100 mostra que existem mais mulheres que homens, no grupo.

Na razão de sexo, a pesquisa mostrou que a população negra possui maior quantidade de homens do que mulheres (136,63%) no Estado; seguida pela população de indígenas (103,34%). O quantitativo de mulheres é maior entre as pessoas da cor parda (99,24%), amarela (92,42%) e brancas (90,94%).

Em Manaus, o maior percentual de homens está apenas entre os pretos (129,36%). Em todas as outras cores ou raças, as mulheres são maioria: indígenas (84,57%), brancos (86,57%), pardos (94,07%) e amarelos (96,26%).  

Pardos e brancos têm maior quantitativo de pessoas jovens e idosos, no Amazonas

Ano passado, o total de jovens (de 0 a 14 anos) da cor parda,no Estado, era de 722.209 pessoas. Os jovens brancos totalizaram 203.445 pessoas. Já o quantitativo da população idosa (de 60 anos ou mais) na cor parda foi de 237.043 pessoas e o de pessoas brancas de 74.187 pessoas. Os menores quantitativos, tanto para jovens quanto para idosos, ficaram com as pessoas da cor amarela. Os jovens somaram 938 pessoas e os idosos 944 pessoas.

Brasil, Regiões e Estados

A quinta divulgação temática do Censo 2022 mostrou que o Brasil é um país com predominância de pessoas da cor parda (45,3%). As pessoas brancas vêm logo em seguida totalizando 43,5% da população residente. Já as pretas são 10,2% da população; os indígenas são 0,8% e as pessoas de cor amarela (origem asiática) representam 0,4% da população residente no país.

 Na temática de Cor ou Raça, entre os anos de 2010 e 2022, a pesquisa mostrou que a variação percentual de indígenas no país alcançou 89%; a de pessoas da cor preta 42,3%. A variação dos pardos ficou em 11,9%. As pessoas de cor amarela e branca tiveram redução de 59,2% e 3,1% respectivamente.

No Censo 2000, as pessoas brancas lideravam em quantitativo, com 53,7% contra 38,5% de pardas. Em 2010 começa um movimento de equiparação entre as duas cores (brancos 47,7% e pardos 43,1%). Já 2022 a pesquisa censitária mostrou que o quantitativo de pardos (45,3%) já supera o de brancos (43,5%) no país.

O Censo 2022, identificou que pessoas da cor parda prevaleceram em 3.245 municípios, seguidas pelas pessoas que se identificaram como brancas em 2.283 municípios. A população indígena foi maioria em 33 municípios do país e a população negra em 9 municípios. Não foi identificada predominância de população da cor amarela em nenhum município.

Entre os municípios com maior quantitativo de indígenas apareceram Manaus (71.691 pessoas), São Gabriel da Cachoeira (48.256 pessoas) e Tabatinga (34.497 pessoas). Todos localizados no Estrado do Amazonas.

 A composição da população da região Norte tem o maior percentual de pessoas pardas (67,2%) em comparação as demais regiões do país. Em seguida vêm as regiões Nordeste (59,6%), Centro-Oeste (52,4%), Sudeste (38,7%) e Sul (21,7%). Já o maior percentual de brancos está na região Sul (72,6%), seguida pelas regiões Sudeste (49,9%), Centro-Oeste (37%), Nordeste (26,7%) e Norte (20,7%). As pessoas de cor preta têm maior predominância, em ordem decrescente, nas regiões Nordeste (13%), Sudeste (10,6%), Centro-Oeste (9,1%), Norte (8,8%) e Sul (5%).

A maior composição percentual de indígenas prevalece na região Norte (3,1%), seguida pelas regiões Centro-Oeste (1,0%), Nordeste (0,6%), Sul (0,3%) e Sudeste (0,1%).

As pessoas de cor amarela, de origem asiática, estão em maior percentual nas regiões Sudeste (0,7%), Centro-Oeste (0,4%), Sul (0,4%), Norte (0,2%) e Nordeste (0,1%).

População indígena, na Amazônia, cresce mais de 100% em 12 anos

A Amazônia Legal ,que soma nove Estados (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso), tem 65,2% de pardos; 22,3% dos brancos; 9,9% dos pretos; 2,4% dos indígenas e 0,2% dos amarelos.

A população residente ,que mais aumentou entre os anos de 2010 e 2022, na Amazônia Legal, foi a indígena (100,7%), seguida da preta (43,3%) e da parda (10,1%). Houve diminuição de amarelos (-82,9%) e de brancos (-2,5%).

Pardos amentaram em todas as faixas de idade

A pesquisa censitária mostrou o fluxo entre as faixas etárias que vão de 0 a 75 anos ou mais, no país, entre o período de 2010 a 2022.

Entre as pessoas brancas, em todas as faixas de idade, houve redução de percentual entre 2010 e 2022. As quedas mais significativas ocorreram nas faixas de 15 a 29 anos (44,8% para 39,4%); de 30 a 44 anos (47,6% para 41,8%) e de 45 a 59 anos (52,0% para 44,8%).

Já entre as pessoas de cor preta, em quase a totalidade, houve ganhos de percentual da população que assim se autoidentificou. Os maiores ganhos ocorreram nas faixas de 30 a 44 anos (de 8,5% para 11,4%), de 15 a 29 anos (de 8,0% para 10,8%) e de 60 a 74 anos (de 7,9% para 10,2%).

Os pardos ganharam população em todas as faixas de idade,sendo as principais de 45 a 59 anos (de 38,3% para 43,3%), de 60 a 74 anos (35,7% para 38,6%) e de 30 a 44 anos (42,4% para  45,9%).

Indígenas tem a menor idade mediana em quase todas as Grandes Regiões

No Norte, a maior idade mediana identificada, por cor e raça, foi de 35 anos para pessoas amarelas e a menor de 19 anos para o grupo de indígenas. No Nordeste a maior idade mediana foi de 37 anos, para pessoas de cor preta e a menor, de 28 anos para indígenas. No Sudeste do país as pessoas amarelas aparecem de novo com a maior idade mediana (47anos).A menor foi de 35 anos para indígenas. No Sul a maior idade mediana ficou com pessoas da cor amarela (44 anos) e a menor mais uma vez com os indígenas (26 anos). No Centro-Oeste a maior idade mediana foi de pessoas amarelas (40 anos) e a menor de indígenas (22 anos).

Razão de sexo: No Norte, homens pretos e indígenas superam as mulheres

Quando a razão de sexo é superior a 100, significa que neste grupo existem mais homens do que mulheres, quando é inferior a 100 é o inverso com a maior quantidade de mulheres que homens no grupo. No Brasil, a razão de sexo da população residente é de 94,2, com destaque para região Norte que tem a razão de sexo mais elevada de 99,7.

A razão de sexo por Cor ou Raça, do Censo 2022, mostrou que na região Norte a quantidade de homens pretos é de 122,1 e de indígenas 102,6. Assim, o número de homens é superior ao de mulheres da mesma cor. Já a quantidade de mulheres é superior para as cores amarela (84,0), branca (93,2) e parda (99,0).

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