Organização propõe valores humanos como chave de preservação do planeta
A interferência humana na biodiversidade do planeta é responsável pela alteração do equilíbrio da natureza. De acordo com a ONU, o mundo enfrenta a maior taxa de extinção desde que se perderam os dinossauros, há mais de 60 milhões de anos. Em consonância com o tema eleito pelas Nações Unidas para o Dia da Terra este ano – “Proteja nossas Espécies”, – a Organização Internacional Nova Acrópole propõe a mudança do ser humano como chave de preservação da natureza e de todos os grandes problemas que afetam a humanidade, estabelecendo um pacto de amor e respeito por todas as formas de vida.
O Dia da Terra foi instituído pela Unesco em 22 de abril de 1970 com a finalidade de criar uma consciência comum sobre os problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais necessárias para a proteção do planeta Terra.
Em Manaus, a Nova Acrópole promove a palestra “Os Valores humanos como chave de preservação do nosso planeta”, neste sábado, 23.04, às 20h, como ato simbólico para marcar consciência a respeito da relação do ser humano com a Terra. O evento é gratuito e para participar é preciso fazer a inscrição no site da instituição: https://www.acropole.org.br/manaus/ .
Como organização de caráter consultivo especial junto ao Conselho Econômico e Social (ECOSOC) da ONU, cujo papel é discutir e encaminhar políticas relativas ao desenvolvimento sustentável, Nova Acrópole promove campanha de sensibilização nacional para o despertar do Ser Humano em relação à sua responsabilidade com o Meio Ambiente.
“Um ser humano, na plenitude da condição humana, preserva todo o seu entorno. A falta de seres humanos completos é um verdadeiro acidente ecológico da natureza”, afirma a filósofa Lúcia Helena Galvão, professora voluntária da organização há mais de 30 anos.
O alerta diz respeito à forma como a sociedade encara a biodiversidade, de forma externa ao homem. Trata-se de uma consequência do processo de massificação vivenciado pela sociedade, que não entende a diferenciação como oportunidade de colaboração entre os seres.
Nesse sentido, Lúcia Helena lembra que a massificação não é uma lei universal, mas inventada pelo homem na perspectiva de que entre semelhantes não se geram conflitos, uma visão contrária à manifestação diversificada das formas de vida encontradas na Terra.
“Se todo mundo fosse fiel a si mesmo, teríamos uma biodiversidade humana consciente, cada um aportando com o que tem para dar, uma vez que cada um veio ao mundo para dar o seu único e exclusivo recado. Se a gente não ouve essa sinfonia diversa no mundo, ele fica menos belo”, afirma.
Um exemplo de biodiversidade é o próprio funcionamento do corpo humano, que serve como caminho para entender as diferentes formas de vida: trata-se de uma grande lição de convivência entre variados órgãos com funções singulares que, juntos, representam a unidade de um indivíduo operando em harmonia.
Poder enxergar isso na natureza e em outros seres humanos é um sinal máximo da inteligência uma vez que, segundo explica a filósofa, representa a valorização da identidade de cada um ao mesmo tempo em que desperta a oportunidade do crescimento de todos de forma unificada.
“Quando esse movimento se dá sem imposição, vamos crescendo juntos e, embora sejamos muitos, acabamos nos tornando um. No meio da multiplicidade entra todo tipo de conflito, mas no meio da unidade não entra nada e a unidade é uma potência capaz de guiar o ser humano para onde ele quiser”, afirma Lúcia Helena Galvão.