PC deflagra “Operação Sangue Azul” contra o “Bonde dos Mauricinhos” e apreende celulares e computadores em Manaus
Na tarde desta segunda-feira (21), policiais civis do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) deflagraram a “Operação Sangue Azul” com o objetivo de cumprir mandados de prisão, busca e apreensão contra os integrantes do grupo conhecido como “Bonde dos Mauricinhos”. O grupo ganhou notoriedade nas redes sociais após a divulgação de vídeos em que aparecem armados, ateando fogo em áreas de mata e realizando disparos em locais públicos e privados em Manaus.
Sob o comando do delegado Cícero Túlio, titular do 1º DIP, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de celulares e computadores pertencentes aos investigados Enrick Benigno, Marcus Vinicius Mota, Joaquim Neto e Pedro Baima. O material será analisado no curso das investigações.
O delegado Cícero Túlio, após a repercussão dos vídeos, solicitou à Justiça a prisão temporária dos suspeitos, além de busca e apreensão e a quebra de sigilo telemático. Apesar do cumprimento das buscas, os mandados de prisão não foram efetivados.
Os advogados dos jovens envolvidos, no entanto, entraram em contato com o delegado para negociar a apresentação voluntária de seus clientes no 1º DIP.
Ministério Público emite parecer contrário à prisão
O promotor André Marinho, da 11ª Promotoria de Justiça, emitiu parecer contrário ao pedido de prisão temporária dos integrantes do “Bonde dos Mauricinhos”. O promotor justificou sua posição argumentando que não há, até o momento, elementos suficientes para justificar a prisão, uma vez que os investigados possuem residência fixa e não há registros criminais anteriores contra eles. “Não se constatou procedimentos em nome dos representados. Assim, até o momento, não se observa a existência de elementos que permitam o deferimento dessa medida”, declarou Marinho.
No entanto, o promotor foi favorável à realização de busca e apreensão e à quebra de sigilo telemático, acatando o pedido do delegado Cícero Túlio. Essas medidas visam identificar detalhes sobre o armamento e as ações dos suspeitos, que, além de armas de fogo, foram vistos portando coquetéis molotov.
A operação segue em andamento, com a expectativa de que a análise do material apreendido forneça mais informações sobre as atividades do grupo. Enquanto isso, as autoridades aguardam a apresentação voluntária dos suspeitos.