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PNAD Contínua: Amazonas tem 6,3% de pessoas com deficiência

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Pessoas com Deficiência- PcD, é uma pesquisa amostral que foi coletada no terceiro trimestre de 2022. Apesar de ser um tema novo na PNAD Contínua, o foco em PcD já foi levantado em outras pesquisas do IBGE.

A finalidade do tema, com a captação de informações sobre Pessoas com Deficiência no país é ,até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica, etc.

As análises sociodemográficas, realizadas de julho a setembro de 2022, identificaram 18,6 milhões de pessoas (8,9%) de Pessoas com Deficiência (PcDs) com 2 anos ou mais de idade ,no Brasil. Deste total 10% são mulheres (10,7 milhões de pessoas), 7,7% são homens (7,9 milhões de pessoas ).

Na região Norte estão 8,4% das pessoas com deficiência, o que equivale a 1,5 milhões de pessoas. No Amazonas são 253 mil pessoas ou 6,3% de PcDs. Já em Manaus este percentual reduz para 5,3% ou ainda 119 mil pessoas com deficiência.

As três regiões que possuem maior quantidade de pessoas com deficiência são a região Nordeste (10,3%); a região Sul (8,8%);região Centro-Oeste (8,6% ), a região Norte com 8,4% .A região com menor percentual de pessoas com deficiência é a Sudeste ,com 8,2% do total.

A PNAD Contínua – Pessoas com Deficiência, segue recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU) e da UNICEF.

É considerada Pessoa com Deficiência (PcD) o morador residente no país, de 2 anos ou mais de idade, que respondeu ter muita dificuldade ou não conseguir de modo algum realizar atividades perguntadas em ao menos um dos quesitos investigados, que envolvem capacidades funcionais como enxergar, ouvir, andar ou subir degraus; funcionamento dos membros superiores; cognição (que é a dificuldade para aprender, lembrar-se das coisas ou se concentrar); autocuidado; e comunicação (dificuldade de compreender e ser compreendido).

EDUCAÇÃO

Na região Norte, o Amazonas tem 14,50% das pessoas ,com deficiência, de 25 anos ou mais, que não têm instrução ou tem apenas o ensino fundamental incompleto

No Estado, são 126 mil pessoas ,de 25 anos ou mais de idade, e que possuem algum tipo de deficiência, não têm instrução ou possuem apenas o ensino fundamental incompleto; 20 mil têm o ensino fundamental completo e médio incompleto; 51 mil têm o ensino médio e superior incompleto e 18 mil tem ensino superior completo.

O Brasil contabilizou, em 2022, 16 milhões, 246 mil pessoas com deficiência, na faixa etária de 25 anos ou mais de idade. Deste total 10 milhões não têm instrução alguma ou apenas o ensino fundamental incompleto.

Na divisão regional, a maior quantidade de pessoas com deficiência, na faixa etária supramencionada, está na região Sudeste (6.364.000 pessoas); seguida pelas regiões Nordeste (5.009.000 pessoas); Sul (2.348.000 pessoas); Norte (1.308.000 pessoas). Comparando o total de pessoas sem instrução alguma ou com apenas o ensino fundamental incompleto, a pesquisa revela que o Norte do país ocupa, com 869 mil indivíduos, a quarta posição no ranking regional. No pódio estão o Sudeste (3.685.000 pessoas); o Nordeste (3.487.000 pessoas); e o Sul, em terceira posição, com 1.505.000 pessoas sem instrução alguma ou com apenas o ensino fundamental incompleto.

Na faixa etária de 15 nos ou mais de idade, a taxa de analfabetismo das pessoas que residem na região Norte do país é maior entre o grupo de pessoas com dificuldades funcionais para se comunicar, para compreender e ser compreendido (47,4%) e no também no grupo de pessoas com dificuldade para realizar cuidados pessoais (40,3%). Em terceiro lugar na taxa de analfabetismo ficam as pessoas com dificuldades para pegar objetos pequenos ou abrir e fechar recipientes (29,3%).

No que se refere a nível educacional a PNAD-Pessoa com Deficiência identificou que as faixas etárias com as maiores taxas de analfabetismo, por grupos de idades, no país, estão entre as pessoas de 60 anos. Dentro dessa mesma faixa etária, a maior taxa de analfabetismo está nas regiões Nordeste (41,8%) e na região Norte (30,1%). A menor está na região Sudeste (16,1%).

OCUPAÇÃO

No Amazonas, somente 34% das pessoas com deficiências ,de 25 anos ou mais, estavam ocupadas, em 2022, o que equivale a 72 mil pessoas. O Norte tinha 33,2% e o Brasil 26,3%.

Considerando o nível de instrução, no Amazonas, o percentual de pessoas ocupadas, que possuem algum tipo de deficiência e que estão na faixa etária de 25 anos ou mais, é maior entre àqueles com superior completo, dos 72 mil ocupados na referida faixa de idade, 11 mil estavam ocupados (60%). No Norte o percentual foi de 61%, e no Brasil ficou bem abaixo (51%). Os dados indicam que o deficiente com nível superior tem maior possibilidade de ocupação.

Das 78 mil pessoas, acima de 14 anos, ocupadas no Amazonas, o maior percentual estava entre as de 39 a 49 anos (57%); seguidos pelas de 50 a 59 anos (51%). O menor percentual ficou no grupo dos que tinham acima de 60 anos. Isto indica que o desemprego entre os deficientes atinge principalmente os idosos. No mesmo sentido, para o Brasil e região Norte, mas em percentuais menores.

Veja os dados completos.

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