Relacionamento com mulher de traficante teria motivado morte de jovem no Puraquequara
Vítima foi perseguida e morta a facadas no momento em que chegava no trabalho
O jovem Cauã da Silva Cruz, de 20 anos, foi brutalmente assassinado a golpes de faca por volta das 7h desta quarta-feira (30/04), quando chegava para trabalhar em uma empresa localizada na comunidade Bela Vista, bairro Puraquequara, zona Leste de Manaus.
Segundo informações do tenente Cruz, da 28° Companhia Interativa Comunitária (Cicom), a vítima, que trabalhava como auxiliar de soldador, percebeu que estava sendo seguido por dois homens. Uma câmera de segurança registrou o momento em que ele tenta fugir pulando um muro para um terreno próximo ao seu local de trabalho, mas foi alcançado e atingido por diversos golpes de faca.
“Eles aguardaram a entrada dele na empresa. Houve discussão, perseguição, e dentro do terreno ocorreu uma luta corporal. Foram cerca de oito facadas, incluindo um corte profundo no pescoço, com indícios de tentativa de degola, que o matou. A perícia identificou também múltiplas perfurações nas costas e no tórax”, relatou o tenente da 28ª Cicom.
Após análise da cena do crime, o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de necrópsia.
Vítima estaria jurada de morte
De acordo com o tenente, as investigações iniciais apontam que o crime pode ter sido um acerto de contas. Informações colhidas no local indicam que Cauã já havia recebido ameaças de morte. A principal linha de investigação da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) é de que o jovem teve um relacionamento amoroso com a companheira de um traficante que atua na zona Leste. O envolvimento teria motivado a execução.
“Esse homicídio se trata de um crime. Não posso dizer ainda que é passional, mas esse jovem teria um envolvimento com a mulher de um traficante do Grande Vitória, e veio ocasionar essa tragédia ”, explicou o tenente G. Cruz. Segundo o militar, os assassinos seriam matadores contratados pelo traficante.
Agora, a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) assume o caso para localizar e prender os autores do crime. As imagens de câmeras de segurança da área, incluindo as da empresa onde Cauã trabalhava foram solicitadas e devem ser analisadas para auxiliar na identificação dos suspeitos.