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Trabalhadores em condições análogas à escravidão são resgatados em Maués

Trabalhadores em condições análogas à escravidão foram resgatados em Maués (a 267 quilômetros de Manaus) e minas subterrâneas de garimpo ilegal foram destruídas. As ações foram durante a Operação Mineração Obscura 2, realizada pela Polícia Federal (PF) com outros órgãos federais, de 31 de janeiro a esta segunda-feira (3/2).

A operação ocorreu de forma integrada entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e foi deflagrada a partir de denúncias de exploração de mão-de-obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro.

Durante as investigações, equipes constataram que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas sem acesso a direitos básicos e estavam expostos aos riscos decorrentes do uso de substâncias químicas tóxicas.

“Além disso, verificou-se que a extração do minério ocorria por meio de minas subterrâneas – um método incomum e de alto risco – e os danos ambientais já avaliados superam R$ 1 bilhão, considerando desmatamento, contaminação de lençóis freáticos e degradação de áreas de preservação”, diz trecho da nota.

De acordo com a PF, o garimpo alvo desta operação é um dos mais antigos do Brasil, sendo esta a primeira vez que a PF realiza a desintrusão de um garimpo subterrâneo.

Operações
Em abril de 2024, foi deflagrada a primeira fase da operação em Maués, onde mais de 70 garimpeiros foram encontrados em situação análogas à escravidão. A Operação Mineração Obscura 2 foi desdobramento da Operação Déjà Vu, que já identificará práticas semelhantes na região, conforme a  PF.

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